Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o passaporte de Léo Índio, primo dos filhos de Jair Bolsonaro, seja destruído. A medida atendeu a um pedido da Polícia Federal, respaldado por parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A justificativa é que o documento já está cancelado desde 2023, quando foi apreendido durante uma operação que investiga os ataques golpistas de 8 de Janeiro, em Brasília. Léo Índio virou réu nesse processo e alega estar sendo perseguido pelas autoridades brasileiras.
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Documento cancelado desde 2023
A decisão de destruir o passaporte de Léo Índio foi tomada no fim de abril, após manifestação formal da PGR. Segundo Paulo Gonet, o documento está sem validade e não há motivos para guardá-lo.
O passaporte foi recolhido durante uma operação da Polícia Federal em outubro de 2023, que investigava a participação dele nos atos que resultaram na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.
Réu por tentativa de golpe
Léo Índio é réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento nos atos de 8 de Janeiro. Ele teria ajudado a planejar e incentivar a invasão, segundo a denúncia da PGR, aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF no fim de fevereiro de 2025.
A defesa afirma que ele está na Argentina, onde entrou com pedido de asilo político. Durante entrevista a uma rádio do Paraná, disse ter medo de “ser alvo fácil” caso autoridades brasileiras saibam seu paradeiro.
Possível extradição em análise
A Polícia Federal avalia pedir a extradição de Léo Índio, mas sem acionar a Interpol. O plano é usar o tratado de cooperação entre Brasil e Argentina para acionar diretamente as autoridades locais.
Apesar disso, ele tem autorização provisória de permanência no país vizinho, o que garante acesso a trabalho, estudo e serviços públicos.
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