Advogado que representou Filipe Martins no STF, Sebastião Coelho afirmou à coluna que disputará uma vaga ao Senado, pelo Distrito Federal, em 2026. Ainda sem filiação partidária, o desembargador aposentado busca uma legenda disposta a abrigar sua candidatura.
O advogado mantém diálogo com o PL de Bolsonaro, mas a sigla já tem planos de lançar Michelle ou Bia Kicis ao Senado, o que faz com que Sebastião Coelho tenha de considerar outros partidos. Crítico do ministro Alexandre de Moraes, ele chegou a ser detido no Supremo em abril. Em nota, a Corte afirmou que Sebastião Coelho tentou entrar no plenário da 1ª Turma sem o devido credenciamento.
Natural de Santana do Ipanema (AL), Sebastião Coelho tem 69 anos e é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Durante a carreira na magistratura, também atuou como corregedor no Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF). Ele renunciou ao cargo em agosto de 2022, poucos dias antes de Moraes assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando que o ministro havia incitado uma “guerra” em seu discurso de posse.
Coelho é alvo de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acusado de incentivar atos golpistas enquanto ainda ocupava o cargo de desembargador. Ele foi visto no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após as eleições de 2022. O CNJ pediu a quebra do seu sigilo bancário, mas a Polícia Federal concluiu não haver evidências financeiras que liguem Coelho aos atos do 8 de Janeiro.
O advogado deixou a defesa de Filipe Martins após o ex-assessor de Bolsonaro virar réu no chamado inquérito do golpe. Na ocasião, Sebastião Coelho disse que precisaria deixar o processo para cuidar de questões de “ordem pessoal”.
