Oito em cada dez líderes de cibersegurança já relataram incidentes envolvendo inteligência artificial no último ano, colocando a IA no centro das preocupações das empresas. É o que mostra o relatório Cybersecurity Readiness Index 2025, da Cisco, lançado nesta quinta-feira (8)
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O relatório parte da companhia de infraestrutura de rede e traz um panorama global dos riscos de segurança digital. Na edição atual, a Cisco fez uma pesquisa com 8 mil líderes com responsabilidades de cibersegurança. As empresas eram de 18 setores da indústria, em 30 mercados.
De 2024 para cá, a prontidão para lidar com ataques à cibersegurança se manteve estável, passando apenas de 3% para 4% das empresas, de fato, preparadas para situações de ataque.
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O relatório apontou também que, assim como as pessoas estão cada vez mais usando IA, as empresas sofrem cada vez mais com ataques alimentados por ela.
IA e cibersegurança
A pesquisa divulgada pela Cisco mostra que o tipo de ataque com IA mais comum é o de roubo de modelos e acesso não autorizado (43%), seguido da engenharia social com IA (42%) e das tentativas de “envenenamento” de dados (38%).
Enquanto 86% dos líderes com responsáveis por cibersegurança entrevistados relatam incidentes que relacionam a inteligência artificial de alguma forma, somente 51% exige atualmente que seus funcionários utilizem ferramentas de IA generativa aprovadas por algum serviço de segurança.
Em contrapartida, dois em cada dez funcionários possuem acesso irrestrito às ferramentas de IA, representando um uso exposto à riscos.
A pesquisa expõe a falta de preparação e baixa compreensão das empresas para lidar com o potencial malicioso da IA.
Os líderes ao redor do mundo acreditam que quase metade dos seus funcionários entendem as ameaças de IA, sendo que 45% das empresas se sentem capazes de fazer avaliações sobre o impacto da IA na segurança.
Estes fatores se dão também pela possível escassez de profissionais com expertise em IA no mercado. 86% dos participantes da pesquisa sentem que encontrar pessoas capacitadas nessa área é um desafio.
Investimento não acompanha a necessidade
O estudo apontou ainda que 96% dos entrevistados pretendem melhorar ou reestruturar sua área de TI nos próximos dois anos, e que o orçamento em cibersegurança cresceu.
Porém, a quantidade de funcionários que pontuaram que a sua empresa vai investir mais de 10% do orçamento da área de TI em cibersegurança diminuiu caindo de 53% para 45% do ano passado para cá.
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