Relação entre PDT e governo estava “muito ruim”, diz líder do partido na Câmara

 

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou sua saída da base aliada do governo federal, após uma reunião marcada por tensão e críticas à relação com o Palácio do Planalto. Segundo o líder da sigla na Câmara, Mário Heringer (MG), a decisão foi unânime entre os deputados do partido e reflete um acúmulo de insatisfações ao longo dos últimos dois anos.

“Na verdade, o que aconteceu conosco foi uma soma de coisas durante esse tempo, esses dois anos e pouco, que a gente vem já reclamando, dizendo, dando notícias ao governo, dando notícias, inclusive, pela imprensa, das relações ruins que ocorriam entre o governo e a bancada do PDT na Câmara”, afirmou Heringer em entrevista à CNN Brasil.

A decisão do PDT ocorre poucos dias após a saída de Carlos Lupi do comando do Ministério da Previdência, em meio ao escândalo de fraudes em descontos indevidos nos benefícios do INSS. Lupi participou da reunião que selou o rompimento e apresentou seu ponto de vista, mas a saída foi decidida por unanimidade.

Heringer enfatizou que o partido não vai aderir automaticamente à oposição, optando por uma postura independente: “Nós optamos pela independência por uma estratégia única, que é exatamente não sermos confundidos com a oposição, porque nós não estamos na oposição, nós não somos essa oposição que está aí”.

Com 17 deputados, o PDT era parte da base aliada do governo desde o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sigla apoiou o petista no segundo turno da eleição de 2022, após o desempenho ruim de sua candidatura própria, liderada por Ciro Gomes.

A ruptura com o governo ocorre em um momento de crescente tensão na base aliada e levanta dúvidas sobre o futuro da governabilidade de Lula na Câmara dos Deputados.

Fonte: InfoMoney

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