O cardeal norte americano Robert Prevost foi anunciado como novo papa na tarde desta quinta-feira (8/5) numa cerimônia no Vaticano. Chamado Leão XIV, ele substitui Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, que ocupou o cargo por 12 anos e morreu no mês passado. Progressista, ele é critico de Donald Trump e contra pena de morte.
Políticas anti-imigrantes
Apesar de adotar uma postura mais discreta nos últimos anos, Robert Prevost já fez críticas públicas ao atual presidente dos Estados Unidos. Em 2015, ele compartilhou um texto escrito pelo cardeal Timothy Dolan, arcebispo da Arquidiocese de Nova York, com críticas ao então empresário.
No artigo, Dolan aponta os problemas envolvendo o discurso anti-imigrante de Donald Trump, um ano antes da primeira eleição vencida por ele. “Precisamos controlar nossas fronteiras, regular a imigração de forma justa e ser prudentes em nossas políticas e leis, mas é sensato considerarmos os imigrantes como algo bom para nossa amada nação”, diz o cardeal.
“Não me cabe dizer às pessoas quais candidatos elas devem apoiar ou quem merece seu voto. Mas, como católico, levo a sério o ensinamento bíblico de que devemos acolher o estrangeiro, um dos imperativos morais mais mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento”, reforça.
Pena de morte
Assim que foi anunciado como novo papa, Robert Prevost teve as redes sociais “reviradas” por internautas. Uma postagem em seu perfil no X, antigo Twitter, feita em 2015 acabou chamando a atenção. “É hora de acabar com a pena de morte”, disse o religioso.
Robert Prevost é considerado um homem próximo de Francisco, o que indica que as mudanças instauradas por ele, com uma visão mais progressista da igreja, serão mantidas. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, é o primeiro papa norte-americano.
Leão XIV também trabalhou por muitos anos como missionário no Peru antes de ser nomeado arcebispo naquele país. Robert Prevost, porém, também tem algumas polêmicas no seu currículo. Seu período como arcebispo no Peru foi marcado por acusações de acobertamento de casos de abuso sexual, o que foi negado por sua diocese.
