Saiba quais são as diferenças entre tufão, furacão e ciclone

Você sabe a diferença entre tufão, furacão e ciclone? Os fenômenos naturais costumam causar grandes estragos por onde passam. Mas, mesmo tendo nomes diferentes, todos representam o mesmo tipo de supertempestade: na verdade, a grande distinção entre elas está na região do planeta em que acontecem.

Com o avanço do aquecimento global, o risco da ocorrência de tufões, furacões e ciclones é cada vez maior. A falta de cuidado com o meio ambiente tem gerado um aumento na temperatura dos oceanos, facilitando a formação das tempestades.

“Os furacões se formam sobre regiões de águas muito aquecidas e isso já é plenamente compreendido pelos meteorologistas. Oceanos cada vez mais quentes nos levam a uma maior probabilidade de formação de ciclones e também de fenômenos mais intensos”, alertou a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, em entrevista anterior ao Metrópoles.


Região em que ocorre cada fenômeno

  • Furacão: quando a tempestade acontece no Atlântico Norte ou nordeste do Oceano Pacífico.
  • Tufão: quando ocorre no noroeste do Oceano Pacífico, perto de países como Japão e Filipinas, por exemplo.
  • Ciclone: é o nome dado quando acontece no Oceano Índico, Atlântico ou Pacífico Sul, como na Austrália e Moçambique, mas também pode ser visto no Brasil, em especial, na região Sul.

Como eles se formam

Para os fenômenos acontecerem, os oceanos precisam estar muito quentes, com temperaturas acima de 26°C. O ar quente e úmido sobe e começa a girar devido ao movimento de rotação da Terra, formando uma roda de vento. Como a evaporação da água do mar é uma parte importante desse processo, os ciclones, furacões e tufões geralmente acontecem em regiões tropicais.

“A intensidade da tempestade se dá pelo processo de formação, não sendo especificamente uma mais intensa que a outra. Os fatores que vão definir sua força são a mudança de pressão atmosférica, a intensidade do Efeito Coriolis – termo que se refere ao movimento giratório – , e a temperatura da região. Esses agentes fazem com que as tempestades tropicais possam alcançar ventos de até 200 km/h, tornando significativos os impactos causados por elas”, explica o professor de geografia Yan Santana, do Colégio Católica Brasília.

Imagem colorida de furacão Milton - Metrópoles
No ano passado, os Estados Unidos foi atingido pelo furacão Milton

Diferenças de categorias

Os fenômenos naturais são classificados de acordo com a força dos ventos. Furacões e tufões são ordenados em categorias, que vão de um (a mais fraca) a cinco (a mais destrutiva). Já os ciclones são diferentes, sendo categorizados em tropicais, extratropicais e subtropicais.

Os ciclones tropicais são os que costumam ser mais intensos e devastadores. Eles acontecem tanto no hemisfério Norte, quando giram no sentido anti-horário, quanto no hemisfério Sul, quando giram no sentido horário, e nunca estão ligados a uma frente fria. Os extratropicais se formam entre as latitudes de 30° e 60° nos dois hemisférios e são sempre associados a uma frente fria, sendo os mais comuns no Brasil. Eles podem causar ventos fortes, chuvas intensas e ressacas no litoral.

Já os subtropicais são uma mistura dos dois anteriores. Normalmente, se formam no período da primavera, mas nem sempre estão associados a uma frente fria.

As ocorrências de ciclone mais conhecidas no nosso país aconteceram em março de 2004, quando a região Sul foi atingida pelo Ciclone Catarina, da categoria tropical, e em setembro de 2023, na mesma região, quando um ciclone extratropical causou enchentes e inundações.

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