Lula chega à China e mira brecha deixada pelos EUA

Pequim – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou neste sábado (10) na China, onde ficará até quarta-feira (14), com uma agenda recheada de encontros estratégicos, incluindo um seminário de negócios e uma reunião com Xi Jinping. Ao lado da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, ele foi recebido em Pequim com foco em fortalecer os laços comerciais.

O tarifaço de Donald Trump contra produtos chineses abriu espaço para o Brasil ganhar mercado na Ásia. O governo pretende aproveitar o momento para firmar novos acordos, principalmente no agronegócio e na área de biotecnologia.


Brasil quer ocupar espaço dos EUA

O Planalto vê na guerra tarifária entre Estados Unidos e China uma chance rara para se destacar.

  • Os EUA aplicam tarifas de até 145% sobre produtos chineses.
  • Em resposta, Pequim subiu taxas para 125% e suspendeu compras de carnes americanas.

Com isso, o Brasil quer ocupar essa brecha. A ApexBrasil já identificou 400 oportunidades de negócios, com destaque para carne bovina e produtos biotecnológicos.


Ofensiva brasileira no agronegócio

À frente dessa missão está o ministro Carlos Fávaro, que vai apresentar propostas para facilitar o registro de tecnologias agrícolas e promover a carne brasileira.

Na comitiva estão:

  • Ministros
  • Autoridades
  • Cerca de 200 empresários

Todos focados em ampliar exportações e atrair novos investimentos chineses.


Lula vai se encontrar com Xi Jinping

Na segunda-feira (12), Lula participa de um seminário da Apex com executivos brasileiros e chineses para debater comércio. Também estão previstos encontros com líderes da Celac e uma reunião bilateral com Xi Jinping.


Papel de destaque no Brics

A visita também reforça a posição do Brasil no Brics, grupo que o país lidera em 2025. A cúpula marcada para julho no Brasil vai discutir:

  • Reforma na governança global
  • Uso de inteligência artificial
  • Apoio à OMS

Lula quer alinhar estratégias com Pequim, Moscou e os demais membros do grupo.


Diplomacia com equilíbrio

Apesar da aproximação com a China, o Itamaraty afirma que o Brasil mantém sua neutralidade ativa, tanto na guerra comercial quanto na da Ucrânia.

Segundo o embaixador Eduardo Saboia:

  • “Falamos com todas as partes, inclusive com a Ucrânia.”
  • “Nosso foco é ter uma agenda ampla e equilibrada.”

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