A criação dos celulares dobráveis dependeu do desenvolvimento de tecnologias que parecem “milagrosas”, incluindo a existência de vidros que se flexionam, mas não quebram. Embora seja uma solução relativamente complexa, ela depende de alguns princípios simples.
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Em geral, os celulares dobráveis apresentam uma tecnologia chamada de “vidro ultrafino”, ou UTG, na sigla em inglês. Mesmo que seja um material considerado frágil, o vidro ainda mantém uma característica comum a outros tipos de materiais: quanto mais fino, mais fácil é fazer com que ele dobre sem quebrar.
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Para pensar isso de forma prática, basta imaginar um pedaço de madeira. Se ele for fino, será possível “entortá-lo” até um certo ponto, antes que quebre. Contudo, se for uma seção mais espessa, ela será mais rígida e propensa a se partir.
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Diante dessa lógica, o UTG é utilizado como um material mais maleável, e resistente a centenas ou milhares de ciclos de acionamento da dobradiça. Sua estrutura ainda sofre a injeção de polímeros (ou seja, um conjunto de moléculas repetidas), que servem para reduzir a tensão aplicada durante as dobras.
Para efeito de comparação, o UTG é mais fino que um fio de cabelo. Mas ele não é a única camada presente em uma tela de celular dobrável.
Também é essencial que essa flexão não ocorra em ângulos totalmente fechados. Uma analogia comum é pensar que dobrar um celular é um processo parecido com encostar duas pontas de um papel, mas não aplicar a pressão que mantém esse papel dobrado.

Por isso, os celulares dobráveis de primeiras gerações costumam ter um “vão” entre as duas partes de display enquanto estão dobrados. Tecnologias mais recentes, de dobradiças com formato de “gota”, promovem esse afastamento na seção interna do dispositivo, permitindo que cada metade da tela encoste na outra.
Telas dobráveis são revestidas por plástico
Uma das questões mais discutidas em relação aos dobráveis e a sua durabilidade, já que as telas podem ser arranhadas até mesmo com as unhas — algo que não ocorre com os aparelhos de tela rígida. Isso acontece porque, na verdade, a camada exterior do display é feita de plástico.
A função dessa camada é a proteção do que há abaixo. Por ser um material mais “mole”, ele absorve qualquer tipo de risco ou arranhão, que seriam fatais para um vidro tão delicado como o UTG.
A camada de plástico chegou a gerar confusão nas primeiras gerações de dobráveis, já que alguns consumidores a retiravam pensando se tratar de uma película protetora descartável — ação capaz de destruir o display. Após alguns anos, já se sabe que os celulares com tela flexível realmente têm uma tela mais maleável propositalmente.
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