O Google entrou em um acordo com a procuradoria-geral do Texas, nos Estados Unidos, e precisará pagar US$ 1,375 bilhão (cerca de R$ 7,8 bilhões em conversão direta) ao estado para encerrar dois processos com acusação de coleta ilegal de dados de usuários.
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As ações foram movidas em 2022 e acusaram a Gigante das Buscas de rastrear usuários no modo anônimo de navegação do Chrome, incluindo o acesso à localização do dispositivo e a dados de reconhecimento facial sem pedir autorização. A compensação financeira do acordo foi anunciada na última sexta-feira (9) pelo procurador-geral responsável pelo processo, Ken Paxton.
Segundo nota oficial publicada por Paxton, o Google nunca tinha pago um valor acima de US$ 93 milhões (cerca de R$ 533 milhões) a um estado dos EUA por questões relacionadas à privacidade dos dados pessoais. A maior quantia até então envolvia um acordo com uma coalizão de 40 estados que havia rendido US$ 391 milhões (~ R$ 2,2 bilhões).
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Já o Google afirma que aceitou o acordo sem admitir irregularidades ou responsabilidades, além de não mexer nos produtos atuais.
“Isso encerra uma série de reivindicações antigas, muitas das quais já foram resolvidas em outras instâncias, relativas a políticas de produtos que alteramos há muito tempo. Temos o prazer de deixar isso para trás e continuaremos a desenvolver controles de privacidade robustos em nossos serviços”, comentou o porta-voz da empresa José Castañeda em comunicado no site TechCrunch.
Outro processo, finalizado em 2023, já havia forçado a Big Tech a mudar os termos da navegação anônima — ao abrir a janela, o Chrome passa a informar que não coleta cookies e o histórico, mas outros dados ainda podem ser acessados por terceiros.
Vale reforçar que a empresa ainda enfrenta outros processos nos Estados Unidos, incluindo uma ação sobre práticas ilegais de monopólio que pode resultar na venda do navegador Chrome.
Meta também pagou multa bilionária ao estado
Não foi a primeira vez que uma Big Tech foi processada por coleta ilegal de dados no estado do Texas, EUA: a Meta fez um acordo de pagamento de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,9 bilhões) em julho do ano passado num cenário similar ao do Google. No caso, a companhia foi acusada de usar a tecnologia de reconhecimento facial para marcação de fotos sem consentimento dos usuários.
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