Saúde respiratória no outono e inverno: saiba quando se preocupar

Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, cresce a preocupação de quem sofre com as doenças respiratórias, como rinite e asma. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), essas doenças são muito prevalentes no mundo inteiro, podendo afetar até 30% a 40% dos indivíduos.

Nesta época do ano, a circulação de agentes como vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e Sars-Cov-2 (responsável pela Covid-19) tende a aumentar, desencadeando piora das doenças respiratórias existentes. Para ter uma ideia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, no seu boletim InfoGripe de abril de 2025, um alerta para o crescimento no número de hospitalizações em decorrência de casos mais graves da gripe, sobretudo em crianças pequenas.

De acordo com a Dra. Barbara Gonçalves da Silva, alergista do Grupo Fleury, detentor da rede Diagnoson a+ na Bahia, as infecções respiratórias mais comuns neste período variam desde sintomas mais leves, como dor no corpo, dor de cabeça, cansaço, tosse, coriza e febre, até quadros mais graves, como pneumonia e insuficiência respiratória. “O diagnóstico é clínico, realizado na consulta médica, porém exames laboratoriais e de imagem também estão indicados em alguns casos”, explica a alergista.

As doenças respiratórias podem ser classificadas como agudas e crônicas, de acordo com a duração e o tipo de tratamento necessário. Enquanto as agudas, como a gripe ou a pneumonia, são de curta duração, as crônicas, como a rinite, a asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), da qual o enfisema faz parte, muitas vezes persistem por toda a vida, exigindo tratamento prolongado ou mesmo contínuo.

Os quadros crônicos podem ser agravados pelas oscilações na temperatura que ocorrem durante o outono e o inverno, pela redução da umidade do ar e pelo aumento da poluição, fatores que irritam as vias aéreas, predispondo as pessoas a infecções e, consequentemente, a crises de exacerbação (piora).

“Com o ar mais seco, o muco das vias respiratórias pode ficar desidratado e espesso, favorecendo o ambiente para alérgenos, vírus e bactérias. A secreção nasal tem a função de proteger as vias áreas e, quando sua consistência fica alterada, a eliminação dos microrganismos é afetada. Com isso, as crises de rinite e de asma tornam-se frequentes nessas estações”, assinala a Dra. Barbara. Nesses casos, continua, é importante manter o tratamento indicado pelo médico, beber uma maior quantidade de água e fazer lavagem nasal com soro fisiológico para hidratar a mucosa nasal.

O tratamento depende da infecção e da gravidade do caso. Sintomas leves geralmente são controlados com medicamentos sintomáticos para febre e dor, enquanto quadros mais graves exigem atenção médica e terapias específicas. A prevenção, no entanto, começa com hábitos simples, tais como manter uma alimentação equilibrada, hidratar-se bem, evitar locais fechados e aglomerações, reduzir o contato com pessoas doentes e manter a carteira vacinal em dia.

A vacina configura-se como uma grande aliada para a prevenção da gripe. “Por se tratar de um vírus com transmissão respiratória, de fácil contágio e que sofre mutações com facilidade, é imprescindível manter a imunização em dia”, reforça a Dra. Barbara. O ideal é receber imunizante anualmente, já que as cepas virais contidas no produto são modificadas a cada ano. “O outono é a estação ideal para se vacinar, visto que precede um período em que há alta incidência do vírus influenza A e crescimento da busca por atendimentos emergenciais, ou seja, a pessoa deve estar imunizada antes da época de maior circulação do vírus, que é o inverno”, conclui a médica.

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