Após deixar a base do governo Lula na Câmara, o PDT do ex-ministro Carlos Lupi (Previdência) marcou uma reunião da executiva nacional do partido para o próximo dia 20 de maio.
A ideia da cúpula do PDT é usar o encontro para esclarecer questões sobre o escândalo das fraudes do INSS, relevado pelo Metrópoles, e também definir os novos rumos da legenda.
A reunião também deve abordar a divisão do partido no Congresso. Como o Metrópoles mostrou, senadores do PDT optaram por continuar aliados a Lula, mesmo após a decisão dos deputados de saírem da base.
Uma possível nova candidatura do ex-ministro Ciro Gomes ao Palácio do Planalto em 2026 também poderá ser debatida no encontro. Uma ala do partido defende que Ciro seja o candidato novamente.
Relação estremecida
A relação do governo Lula com o PDT estremeceu após Lupi pedir para deixar o Ministério da Previdência. O ex-ministro deixou o comando da pasta após ser pressionado por uma ala da gestão petista.
Integrantes do PDT avaliam que o Palácio do Planalto conduziu mal a crise do INSS sob o ponto de vista político, concentrando a culpa pelo escândalo no instituto apenas em Lupi.
Metrópoles revelou escândalo do INSS
O escândalo do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, foi revelado pelo Metrópoles por meio de em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude na filiação de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal. Também provocaram a demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.