Com disparada de alimentos, inflação em Florianópolis volta a ser a maior entre as capitais

Tomates

Tomate subiu 38,60% nos últimos 12 meses, ajudando a elevar inflação em Florianópolis – Foto: Canva/Divulgação/ND

A inflação em Florianópolis voltou a ser a mais alta entre 17 capitais do país, segundo levantamento divulgado pela ICV (Índice de Custo de Vida), da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), nesta segunda-feira (12).

Conforme o estudo, o índice acumulado nos últimos 12 meses foi de 6,84%, número bem acima da inflação nacional, que ficou de 5,53% no mesmo período. Os alimentos foram os principais responsáveis pela alta.

O ICV é calculado mensalmente pelo Esag (Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas) da Udesc, com apoio da Fesag (Fundação Esag).

Alimentos puxam inflação em Florianópolis

Conforme apontado pelo Esag, entre os dez produtos com maior aumento de preços nos últimos 12 meses, seis são alimentos. O café em pó subiu 82,46% e o solúvel, 66,83%. Também ficaram mais caros, o tomate (38,60%), a costela bovina (31,39%), filé mignon (30,99%) e o chocolate em barra, e bombom (28,68%).

Café em pó, que ajudou a elevar inflação em florianópolis

Aumento no preço do café em pó 82,46% e das carnes puxou inflação em Florianópolis – Foto: Frepik/ND

Também aparecem na lista de vilões da inflação em Florianópolis, as pedras usadas em reparos e construção (55,45%), móvel infantil (35,13%), bermuda, calção e short masculino (33,01%) e uniforme escolar (31,51%). Entre os nove conjuntos pesquisados, o grupo de alimentos e bebidas tiveram a maior alta nos últimos 12 meses, com 9,65%.

Em seguida, aparecem as despesas pessoais, que subiram 8,67%, seguidas de transportes (7,93%), habitação (7,69%), educação (6,90%) e saúde e cuidados pessoais (5,29%). Alguns serviços subiram pouco, como comunicação (1,57%) e artigos de residência (0,80%). Apenas um dos grupos teve queda no preço. O vestuário reduziu 1,16% no acumulado dos últimos 12 meses.

Confira o ranking entre as capitais:

  • Florianópolis (SC) – 6,84%
  • Belo Horizonte (MG) – 6,11%
  • Campo Grande (MS) – 6,03%
  • São Paulo (SP) – 5,94%
  • Brasil – 5,53%
  • Grande Vitória (ES) – 5,46%
  • Porto Alegre (RS) – 5,44%
  • Curitiba (PR) – 5,43%
  • São Luís (MA) – 5,39%
  • Fortaleza (CE) – 5,33%
  • Rio Branco (AC) – 5,25%
  • Rio de Janeiro (RJ) – 5,21%
  • Goiânia (GO) – 5,13%
  • Salvador (BA) – 5,12%
  • Brasília (DF) – 5,07%
  • Belém (PA) 0 4,93%
  • Aracaju (SE) – 4,73%
  • Recife (PE) – 4,20%.
Filé Mignon e flocos de sal

Preço do filé mignon subiu 30,99% em Florianópolis nos últimos 12 meses – Foto: Canva/ND

Metodologia

Segundo o Esag/Udesc, os preços nas demais capitais são aferidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para compor o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – que também mede a inflação oficial nacional. Como o ICV e o IPCA são calculados com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.

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