As principais operadoras do país já anunciaram os percentuais de aumento para os planos de saúde para pequenas e médias empresas (PMEs) e microempreendedores individuais (MEIs), com até 29 beneficiários. Os reajustes começam a valer neste mês (veja lista abaixo).
O aumento anual para esse tipo de plano não é definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ao contrário do que ocorre com os planos individuais. Ele é fixado pelas operadoras. De acordo com relatório preparado por analistas do banco BTG e do Itaú, as novas elevações, válidas até abril de 2026, serão menores do que as registradas no ciclo anterior, encerrado em abril.
Alta dos planos de saúde PMEs/MEIs em 2025 (comparado a 2024)
- Hapvida + 11,5% (16% em 2024)
- SulAmérica + 15,2% (19,67%)
- Bradesco + 15,11% (20,96%)
- Amil + 15,98% (21,98%)
- Unimed BH + 6,91% (9,63%)
- Unimed Nacional (ex-CNU) + 19,5% (18%)
- Unimed BH + 6.9% (9.6%)
- Unimed Seguros + 11.9% (16.7%)
- Unimed Campinas + 12.5% (13.0%)
- Porto Seguro Saúde + 15.9% (17%)
- Unimed FESP + 43.2% (21.8%)
- Unimed Fortaleza + 14.9% (15.1%)
- Samp (Athena Saúde) + 12.9% (16%)
- Unimed Belém + 15.4% (13.4%)
- Care Plus + 18.2% (23.1%)
- Sobam (Amil) + 15.2% (18.8%)
- Plena Saúde + 14.5% (17.2%)
- Omint + 13.3% + (16.7%)
- Unimed Ceará + 11.3% (9.6%)
- Unimed FERJ + 15.6% (19.9%)
Fontes: relatórios BTG/Itaú
Melhorias operacionais
O relatório do Itaú destaca que as “maiores operadoras de planos de saúde do Brasil vêm apresentando sólidas melhorias operacionais nos últimos trimestres”. Isso ocorre como resultado de fatores como a queda do custo por beneficiário, o controle mais rigoroso de fraudes e a otimização da rede de prestadores de serviços. “Portanto, esperávamos uma desaceleração nos aumentos de preços neste ciclo e, de fato, os números mostraram essa tendência”, diz o texto.
Provisões
A análise do BTG estima que os planos para PMEs representem cerca de 15% do total de beneficiários do setor. Com o recente aumento das ações judiciais do setor, observamos um aumento significativo nos bloqueios e/ou provisões judiciais em algumas das maiores operadoras”, diz o relatório. “Esperávamos que parte disso se refletisse em ajustes adicionais de preços, com algumas operadoras apontando aumentos adicionais de 1 a 2 pontos percentuais nos próximos um ou dois ciclos (a cada ano). No entanto, os dados atuais não corroboram fortemente esse cenário.”
Pool de risco
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) informou que, nos planos empresariais de PMEs e MEIs, o reajuste ocorre no aniversário do contrato, com o ciclo válido de maio de um ano a abril do ano seguinte (por exemplo, de maio de 2025 a abril de2026).
“Os contratos para até 29 pessoas devem ser agrupados no chamado de pool de risco, que tem como objetivo fornecer maior equilíbrio e previsibilidade às pequenas empresas contratantes de planos de saúde”, disse, em nota a entidade. “Assim, cada operadora contratada aplicará um único reajuste para todo o seu grupo de contratos com até 29 vidas, conforme estipula a Resolução Normativa nº 565/2022.”