Grupo fornece armas para o CV e movimenta R$ 5 mi em menos de um mês

Uma megaoperação contra o avanço do Comando Vermelho (CV) foi deflagrada nesta terça-feira (13/5) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ação, que recebeu o nome de Contenção, tem como alvo uma organização criminosa interestadual responsável por fornecer armas e drogas à facção em diversas comunidades do Rio e em outros três estados do país.

As ações ocorrem simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rondônia, com o cumprimento de 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Até o momento, seis pessoas foram presas.

A investigação, conduzida pela 60ª DP (Campos Elíseos) com apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA), desaeticulou um esquema altamente estruturado que operava em diferentes níveis, da logística e tráfico até a lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, a quadrilha movimentou R$ 5 milhões em menos de um mês, levando à solicitação do bloqueio de R$ 40 milhões em bens e contas ligadas aos suspeitos.

Expansão territorial e apoio militar

O armamento fornecido pelo grupo criminoso serviria para fortalecer a facção na Zona Oeste do Rio, onde o Comando Vermelho disputa territórios com outras organizações, e para apoiar a expansão em outros estados brasileiros.

Os alvos vão responder por crimes como associação para o tráfico com uso de arma de fogo, porte ilegal de armamento restrito, comércio ilegal de armas, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A operação contou com a participação de diversas instituições, incluindo a Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Exército Brasileiro e o Homeland Security Investigations dos Estados Unidos. Delegacias especializadas do DGPE, equipes da Core, e as Polícias Civis de SP, MT e RO também deram suporte à ação.

Desde o início da Operação Contenção, as autoridades já solicitaram o bloqueio de mais de R$ 6 bilhões em bens ligados à facção. A iniciativa é considerada uma das principais estratégias de contenção do avanço do CV no estado do Rio de Janeiro e na região Sudeste.

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