NASA libera três novas sonificações e transforma morte de uma estrela em música

A NASA divulgou, na última quinta-feira (8), três novas sonificações criadas a partir de dados coletados pelo Observatório de Raios-X Chandra, do Telescópio James Webb e do Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE). Um dos conteúdos, inclusive, transformou a morte de uma estrela em música. 

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A sonificação é o processo que apresenta dados astronômicos por meio da audição, e não da visão, como é o caso das imagens de telescópios. Para gerar esses conteúdos, computadores mapeiam matematicamente as informações dos instrumentos espaciais em sons com o auxílio de algoritmos. Logo, as pessoas conseguem “ouvir” o cosmos

WR 124


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A primeira sonificação foi criada a partir da observação de uma possível fase inicial na formação de um buraco negro, envolvendo a estrela supermassiva WR 124. Esse astro está se desprendendo de suas camadas externas e formando uma nebulosa brilhante ao expelir gás e poeira. Localizado a cerca de 28 mil anos-luz da Terra, a WR 124 pode terminar sua vida em uma explosão conhecida como supernova, que potencialmente dará origem a um buraco negro.

A sonificação da WR 124 começa com uma espécie de grito que é emitido próximo ao núcleo quente da estrela. Depois, são incorporados sons de instrumentos musicais como flautas, sinos, harpas e cordas, à medida que o material estelar é liberado.

SS 433

A segunda sonificação produzida a partir de dados coletados por telescópios tem como origem o sistema estelar binário conhecido como SS 433, localizado a cerca de 18 mil anos-luz da Terra. Esse sistema é composto por duas estrelas: uma semelhante ao Sol, que orbita outra muito mais massiva — possivelmente uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.

De acordo com a NASA, emissões flutuantes de raios X são traduzidas em diferentes tons de instrumentos. Já estrelas brilhantes ao fundo são representadas pelo som de gotas d’água, enquanto notas dedilhadas indicam a localização do sistema estelar binário.

Centaurus A

O terceiro e último conteúdo produzido pela agência espacial americana apresenta a Centaurus A, uma galáxia localizada a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra, que abriga um enorme buraco negro emitindo jatos de partículas por toda a sua extensão.

A sonificação da Centaurus A reproduz raios X como sons semelhantes aos de ventos, enquanto os dados de luz visível mostram as estrelas da galáxia mapeadas por sons instrumentos de corda sendo dedilhados.

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