A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou, na terça-feira (13), que a empresa atendeu à última exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para obter a licença de perfuração na Margem Equatorial, e que a estatal aguarda uma resposta final do órgão ambiental nos próximos dias.
Segundo a executiva, a última solicitação do Ibama foi respondida no final de março, e agora a companhia está pronta para avançar com a mobilização da sonda de exploração. “Respeitamos a institucionalidade do país e acreditamos na racionalidade dela. Temos tudo programado para mover a sonda”, declarou Magda.
A presidente da Petrobras reforçou que considera “muito difícil imaginar que a licença não vai sair numa região tão carente”, referindo-se ao potencial de desenvolvimento econômico e social da Margem Equatorial, localizada entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.
Durante o pronunciamento, a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, destacou que a estatal mantém um canal de diálogo aberto com o Ibama. “Temos conversado e protocolado todos os nossos passos junto ao órgão. Estamos esperando uma resposta nos próximos dias”, afirmou.
A exploração da Margem Equatorial é considerada uma das principais apostas da Petrobras para a descoberta de novas reservas de petróleo em águas profundas, com potencial semelhante ao pré-sal. O projeto, no entanto, vem enfrentando resistência de ambientalistas e técnicos do Ibama, principalmente em razão dos riscos à biodiversidade marinha.
A Petrobras já investiu em estudos técnicos, medidas de prevenção ambiental e processos de consulta com comunidades locais, visando a atender todas as exigências legais para obtenção da licença. Com a última pendência supostamente resolvida, a expectativa da estatal é iniciar a perfuração nos próximos meses.
Magda Chambriard tem reiterado que a exploração da Margem Equatorial é estratégica para garantir o futuro da produção de petróleo do país e ampliar a geração de empregos e renda nas regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Conexão Política