Porsche “mais feio do mundo” está à venda por preço surreal; conheça

Durante o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos carros da Porsche em seus quase 100 anos de história, a marca buscou alternativas em sua linha para oferecer veículos com mais espaço, principalmente, na cabine. 

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Na década de 1950, a empresa começou a estudar a possível produção de um esportivo com quatro lugares. Para o desenvolvimento do projeto, a Porsche pediu ajuda para a histórica família de design italiana Pininfarina. 

Essa inusitada parceria entre Stuttgart e Turim rendeu a criação do primeiro protótipo do 911 com quatro assentos em 1969. E, mais de 50 anos depois, esse modelo apareceu à venda.


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Chamado de B17, o estranho esportivo da Porsche está disponível para compra no site da Hemmings, por uma pedida de “apenas” US$ 1,2 milhão, algo em torno de R$ 7,2 milhões.

Porsche 911 B17 visto de frente
Alterações na carroceria deixaram o visual do protótipo diferente (Imagem: Hemmings/Reprodução)

Como foi o desenvolvimento do B17?

O projeto do protótipo começou apenas no final da década de 1960, quando a marca alemã solicitou um novo modelo de quatro lugares baseado no 911 S2 para a Pininfarina. 

Para alcançar esse objetivo, a empresa italiana precisou mexer em tudo e mais um pouco na carroceria e estrutura do 911 original. Os bancos traseiros, por exemplo, ganharam vida após um aumento de 19 cm no chassi. Com essa mudança, até o formato do carro passou por alterações. 

Em relação a altura, o mesmo aconteceu. Ao gerar espaço para a cabeça dos ocupantes traseiros, a clássica silhueta do esportivo mudou, ficando mais arredondada. 

As alterações realizadas pela customizadora italiana, porém, geraram um grande problema para o protótipo: o peso. Com o crescimento do chassi e a chegada dos bancos traseiros, o modelo passou a pesar 113 kg a mais que a versão tradicional. 

São 1.134 kg no total, com uma distribuição de peso de 61% para o eixo traseiro, o que gerou um enorme desequilíbrio dinâmico em relação ao 911 padrão, além da perda de desempenho.

 

Visual exótico

Como pode ser visto ao apenas observar o protótipo, o visual final ficou um tanto quanto desajeitado — o oposto do 911 da época, que era considerado o ‘suprassumo’ do design automotivo. 

E essa estranheza aumenta, principalmente, por conta da pintura verde-limão utilizada pelo modelo. Mas isso não é culpa do projeto, já que ela foi aplicada mais de 20 anos depois. A cor utilizada originalmente era azul escuro. 

O interior, no entanto, não recebeu alterações além da adição dos bancos traseiros. O protótipo manteve o acabamento e estofado preto original.

Não há informações sobre o conjunto mecânico utilizado pelo modelo, mas é bem provável que tenha sido mantido a motorização original do 911S de 1969. Trata-se de um 2.0 aspirado e refrigerado a ar com 160 cv de potência. 

Porsche 911 B17 visto por trás
Carroceria ficou parecida com a de um station wagon por causa das alterações (Imagem: Hemmings/Reprodução)

Importância histórica

Deixando de lado o visual ou qualquer outro tipo de modificação, o protótipo B17 foi muito importante para o desenvolvimento da Porsche na época, como afirma a descrição do anúncio de venda. 

O modelo influenciou diretamente conceitos como o 911 C20 baseado no 911SC. Esses projetos ajudaram (e muito) a Porsche no desenvolvimento dos seus sistemas de tração integral.

Essa é uma oportunidade única para fãs e colecionadores de carros adquirirem uma parte importante de uma marca tão emblemática como a Porsche. 

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