Alguns países estão concentrados em desenvolver a vacina para gripe aviária, já que a doença tem sido uma preocupação mundial. No Brasil, não é diferente: o Instituto Butantan desenvolveu a primeira vacina brasileira contra a H5N1 e aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos em humanos. O imunizante é produzido 100% em território nacional.
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A procura por voluntários para a vacina acontece atualmente. Pessoas de Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo que sejam maiores de 18 anos, com exceção de gestantes, podem se apresentar para participar dos testes. Assim que a Anvisa liberar os testes, a ideia do Butantan é selecionar 700 voluntários, destinados a tomar as duas doses do imunizante.
“O ensaio clínico de fase 1 e 2 da vacina influenza monovalente tipo A (H5N8), desenvolvida no Instituto, pretende comprovar a segurança e a imunogenicidade (capacidade de gerar anticorpos) do imunizante”, diz o próprio Butantan, em comunicado.
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A vacina do Butantan contra a gripe aviária funciona a partir da variante H5N8 foi estratégica, por se tratar de um vírus de alta patogenicidade, que pode causar graves problemas respiratórios em humanos, inclusive levar à morte. Segundo o comunicado do Instituto, a taxa de letalidade por influenza aviária em humanos é de 53%.
Vacina para gripe aviária no mundo

Enquanto o Brasil avança com seu imunizante, Estados Unidos, Canadá, Taiwan e países da Europa já licenciaram vacinas contra o H5N1 para grupos de risco, como avicultores e veterinários.
A Finlândia é, até agora, o único país que aplica a vacina de forma preventiva. A União Europeia anunciou a aquisição de 40 milhões de doses, com prioridade para profissionais mais expostos ao vírus. Dessas, pelo menos 665 mil vêm da fabricante CSL Seqirus.
Nos EUA, a BARDA mantém estoques de antígenos e adjuvantes prontos para rápida produção em caso de emergência. No ano passado, o governo americano fez uma parceria com a Moderna para o desenvolvimento da vacina para gripe aviária. A empresa recebeu US$ 176 milhões para produzir a fórmula, que usa o RNA mensageiro e já se prepara para um ensaio de Fase 3.
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