Universidades reclamam de cortes e pedem orçamento extra para 2025

As universidades federais têm se queixado do montante de recursos destinado a elas no Orçamento de 2025 e expressaram preocupação com um decreto recente do presidente Lula (PT) que reduziu ainda mais o volume orçamentário.

A diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, manifestou “profunda preocupação” com a situação atual do orçamento das universidades federais.

Segundo a entidade, o orçamento discricionário encaminhado na proposta orçamentária do governo, que já era insuficiente, sofreu cortes na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pelo Congresso Nacional.

O cenário, diz a Andifes, foi seriamente agravado pela publicação do Decreto nº 12.448, de 30 de abril, que trata da programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício de 2025.

O decreto em questão limita a execução orçamentária das despesas discricionárias mensais das universidades. De acordo com a associação, os principais compromissos das instituições federais de ensino superior (Ifes) requerem pagamentos continuados ao longo de todo ano, com despesas mensais relativas a:

  • Assistência estudantil;
  • Bolsas acadêmicas de estudantes;
  • Contratos de terceirização;
  • Restaurantes universitários;
  • Contas de água e energia, entre outros.

Portanto, as universidades alegam que limitar a execução mensal e liberar parte do orçamento somente em dezembro “não apenas inviabiliza a continuidade das atividades das universidades federais como também a devida execução orçamentária”.

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ICC retoma atividades

Greve de 2023 nas universidades e institutos federais durou pouco mais de dois meses, no caso dos professores
Instituto Central de Ciências (ICC), prédio principal da Universidade de Brasília (UnB)
No caso da Universidade de Brasília (UnB), o segundo semestre de 2024 só será encerrado em fevereiro de 2025
Alunos retornaram às aulas na UnB
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Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

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ICC retoma atividades

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Greve de 2023 nas universidades e institutos federais durou pouco mais de dois meses, no caso dos professores

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Instituto Central de Ciências (ICC), prédio principal da Universidade de Brasília (UnB)

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No caso da Universidade de Brasília (UnB), o segundo semestre de 2024 só será encerrado em fevereiro de 2025

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Alunos retornaram às aulas na UnB

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A associação diz reconhecer que o Ministério da Educação (MEC), comandado pelo ministro Camilo Santana, tem mantido uma postura de diálogo aberto com as universidades e demonstrado sensibilidade às pautas da educação superior.

“No entanto, a situação é agravada pelo fato de as universidades federais enfrentarem, há anos, sérias dificuldades orçamentárias e os cortes acumulados ao longo de vários anos continuam produzindo efeitos significativos, apesar de o MEC ter realizado algumas recomposições orçamentárias recentemente”, pondera.

A Andifes defende a liberação “urgente” do orçamento para que os pagamentos mensais regulares não permaneçam comprometidos. Também alega que o orçamento aprovado pelo Congresso para este ano é insuficiente para que as universidades possam honrar com seus compromissos e pede uma suplementação orçamentária para assegurar o funcionamento das universidades federais.

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