No último dia 22, uma equipe dos Estados Unidos venceu o prêmio Coller-Dolittle de Comunicação Interespécies, no valor de US$ 100 mil, ao desvendar parte do “idioma” dos golfinhos. O grupo estuda esses animais há mais de 40 anos nas águas de Sarasota, na Flórida. Usando microfones subaquáticos, eles identificaram mais de 20 tipos de assobios “não-assinatura” (aqueles que não funcionam como um nome individual) compartilhados por diversos golfinhos.
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Ao reproduzir dois desses sons para os animais, os pesquisadores descobriram que um deles causava afastamento imediato, sugerindo que pode ser um sinal de alarme. Já o outro provocou reações diversas, como se indicasse surpresa diante de algo novo. O estudo, não revisado por pares, foi publicado na plataforma BioRXIV.
Os jurados ficaram impressionados com a vasta base de dados reunida sem interferir no comportamento natural dos golfinhos. Segundo os organizadores, o próximo passo pode envolver o uso de inteligência artificial para acelerar as descobertas.
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Para se ter noção, um dos jurados comparou a complexidade do projeto ao treinamento de modelos como o ChatGPT, que precisam de trilhões de palavras. No caso dos animais, ainda temos um volume muito menor de dados, o que torna iniciativas como essa tão valiosas.
E por falar nisso, no último mês de abril, a IA do Google foi usada para traduzir golfinhos para ajudar em pesquisas científicas.
A longo prazo, os cientistas pretendem criar algoritmos que permitam que os animais se comuniquem de forma autônoma com humanos — uma espécie de “tradutor universal”, capaz de unir espécies diferentes por meio da linguagem.
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