Ednaldo Rodrigues pede para STF impedir as eleições da CBF

Afastado do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a paralisação das eleições para a direção da entidade, marcadas para 25 de maio.

Em pedido de medida cautelar apresentado nesta sexta-feira (16/5), o ex-chefe da CBF diz que as eleições ocorrerão três dias antes do julgamento definitivo da ação que discute a validade do pleito realizado em março de 2022, no qual Ednaldo Rodrigues foi eleito.

“Caso esta Suprema Corte reconheça a higidez do acordo homologado nos autos e a legitimidade da Assembleia Geral da CBF, os efeitos práticos da convocação eleitoral promovida por Fernando Sarney serão imediatamente esvaziados, com o consequente restabelecimento da diretoria eleita em 2022”, afirmou.

Segundo Ednaldo Rodrigues, “permanência do atual cronograma pode implicar a instalação de um quadro de duplicidade de mandatos e disputas paralelas pela presidência da entidade, o que comprometeria a governança do futebol brasileiro, colocaria em xeque a validade de atos administrativos e contratos firmados, e alimentaria incertezas com potencial reflexo internacional – especialmente considerando os reiterados alertas da Fifa e da Conmebol quanto à autonomia das associações nacionais e à vedação expressa a qualquer forma de interferência judicial ou estatal”.

A defesa do presidente afastado também reiterou o pedido de suspensão da decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Gabriel Zefiro. O magistrado tirou Ednaldo Rodrigues do cargo e nomeou Fernando Sarney como interventou, nessa quinta-feira (15/5).

Caso a solicitação não seja atendida, a defesa requer o reconhecimento da designação de Fernando Sarney como interventor e pede a nomeação de Hélio Menezes para a função.

Entenda

Esta é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado da função. A primeira ocorreu em 2023, por meio de uma ação que questionava o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em março de 2022, que garantiu o cargo de presidente da CBF a Ednaldo Rodrigues por um período de quatro anos.

No processo mais recente, é discutida a validade do documento que reconhece a legalidade da eleição de 2022, na qual Ednaldo Rodrigues foi eleito. A questão é se um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, tem capacidade mental para o ato, já que passou por uma cirurgia durante tratamento de câncer no cérebro, que teria causado “déficit cognitivo”.

Laudos apontariam demonstram que, desde ao menos 2018, o Coronel Nunes não estava apto mentalmente para celebrar atos da vida civil.

 

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