CBF convoca novas eleições após afastamento de Ednaldo

Rio de Janeiro – A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou nesta sexta-feira, 16 de maio, a convocação de novas eleições presidenciais para o próximo dia 25, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues por decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

O cartola é acusado de falsificar a assinatura do ex-presidente Coronel Nunes em um acordo que sustentou sua permanência no cargo.

O edital com a convocação será publicado neste sábado, segundo comunicado assinado por Fernando José Macieira Sarney, atual presidente interino da entidade e filho do ex-presidente da República, José Sarney.

A eleição definirá não apenas o novo presidente, mas também oito vice-presidentes e os membros do Conselho Fiscal.


Justiça desmonta arranjo e expõe crise na CBF

A queda de Ednaldo Rodrigues não é surpresa para quem acompanha os bastidores da CBF. A novela começou ainda em dezembro de 2023, quando ele foi afastado pela primeira vez após suspeitas de irregularidades no processo eleitoral que o levou ao poder.

Pouco depois, retornou ao cargo graças a uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que determinou a reavaliação urgente do caso. No centro da polêmica, um documento que teria a assinatura forjada do Coronel Nunes, junto a outros quatro dirigentes, validando o pleito que garantiu a vitória de Ednaldo em março daquele ano.


Corrida pelo poder já começou

A eleição, marcada para um domingo incomum, promete ser turbulenta. Sem Ednaldo no jogo, diferentes alas da política esportiva brasileira começam a se movimentar para emplacar seus nomes.

A sombra dos velhos caciques, como o próprio Sarney, reaparece no tabuleiro. O sistema de votação da CBF, dominado por federações estaduais com histórico de alianças duvidosas, favorece acordos de bastidor — e não exatamente propostas de renovação no futebol brasileiro.


Falta de transparência mina credibilidade

Apesar de ser a entidade que comanda o futebol mais vitorioso do mundo, a CBF insiste em operar como um clube fechado, opaco e resistente a qualquer tipo de fiscalização pública. Recheada de escândalos, sua estrutura interna permanece intocada, mesmo diante de denúncias como a que derrubou Ednaldo.

A dependência do sistema político e a presença de figuras como Sarney reforçam a impressão de que, mais uma vez, a eleição pode ser apenas uma troca de cadeiras — sem mudanças reais na governança.


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