RS representou 13,17% das exportações de produtos de aves brasileiras

O Rio Grande do Sul correspondeu a 13,17% das exportações de produtos de aves brasileiras feitas no ano passado. O estado é foco do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país, identificado no município de Montenegro.

Em 2024, o Brasil vendeu US$ 9,59 bilhões em produtos de aves para o exterior. Do total, US$ 1,26 bilhão foram decorrentes de exportações do RS. Os dados constam na balança comercial disponibilizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

China, União Europeia (UE) e Argentina anunciaram a suspensão da compra de carne de frango brasileiro.

A decisão ocorreu em virtude dos respectivos protocolos sanitários, que não levam em consideração o princípio de regionalização — que restringe a exportação aos 10 quilômetros de raio do foco.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reforçou, em comunicado oficial, que tenta negociar com países parceiros a adesão ao princípio de regionalização, preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

“Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo, que possui dimensões continentais com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, com longas distâncias e deslocamentos, reiteramos a importância de se reconhecer a regionalização para o caso”, defendeu a pasta.

Além disso, o Mapa destacou que “não há restrição generalizada da exportação de produtos de aves do Rio Grande do Sul”.

Gripe aviária em granja do RS

O caso de Montenegro foi o primeiro foco de gripe aviária detectado no sistema de avicultura comercial no Brasil. O Mapa informou que, desde 2006, a circulação do vírus ocorre principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.

Em nota, o ministério alertou que “a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos”.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, explicou.

Segundo a pasta, o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é “baixo” e os casos, em sua maioria, são identificados entre tratadores ou profissionais que mantêm contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

O Mapa ainda ressaltou que a identificação da detecção do vírus foi “rápida” e as ações efetivas para isolamento, controle e erradicação, “demonstram a robustez do sistema de inspeção do Brasil”.

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