O que é um protoplaneta e qual a relação deles com asteroides gigantes?

Protoplanetas são objetos rochosos que fazem parte do processo de formação planetária. Através da condensação da matéria, eles podem evoluir até integrar planetas propriamente ditos — mas esta não é uma regra, já que alguns acabam se tornando asteroides. 

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Vale entender primeiro como ocorre a formação dos planetas, que começa com estrelas cercadas por discos de poeira repletos de elementos como carbono e ferro. Eles são “ingredientes” de grande importância para o nascimento dos sistemas planetários. 

Protoplaneta na órbita da estrela HD 169142, a cerca de 300 anos-luz de nós (Reprodução/Iain Hammond, Monash University/ESO VLT/SPHERE)

Nesta fase, as estrelas disparam ventos extremamente quentes dominados por prótons (partículas com carga positiva) e nêutrons (carga neutra). Enquanto a maior parte deste material cai na estrela, grupos de partículas vão se chocando entre si e se agrupando, formando objetos maiores. 


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De pouco a pouco, estes aglomerados de poeira dão origem a rochas que crescem gradualmente com o gás, o qual ajuda as partículas a se manterem unidas; claro, algumas se separam, mas as demais permanecem juntas e formam planetesimais. Pois bem, os planetesimais são como “tijolos” para a construção dos planetas, e são eles que formam os protoplanetas.  

Não pense que o processo no disco acabou: as áreas mais frias (e afastadas da estrela) começam a acumular pedaços de gelo, que podem originar núcleos de planetas gasosos.

Já as partes do disco mais perto da estrela, que são mais aquecidas, acabam formando planetas rochosos.  

Ou não. 

Planetesimais ou asteroides?

Nem sempre os protoplanetas dão origem a mundos propriamente ditos. Por exemplo, considere Vesta, o segundo maior objeto do Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter: este objeto, que mede mais de 500 km de diâmetro, é considerado o último protoplaneta do Sistema Solar.

Vesta, grande objeto no Cinturão de Asteroides do Sistema Solar (Reprodução/NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

E talvez este seja o caso também de Erg Chech 002 (EC 002), meteorito encontrado em 2020 no deserto da Argélia. Após analisar o objeto, cientistas descobriram que ele é na verdade o fragmento de um protoplaneta e que tem mais ou menos 4,6 bilhões de anos, o que o torna mais antigo que a Terra. 

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