O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, divulga, em coletiva de imprensa, detalhes sobre a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, capturado em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC), da Bolívia, e da Interpol, nessa sexta-feira (16/5). Siga:
Tuta é considerado um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi detido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, utilizando documento falso. Após ser expulso do país vizinho, foi entregue às autoridades brasileiras em Corumbá (MS), de onde embarcou para Brasília e foi levado à Penitenciária Federal da capital federal.
Além de Lewandowski, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, e o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, também falam sobre a operação na manhã desta segunda-feira (19/5).
Tuta foi condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. O nome dele constava na lista da Difusão Vermelha da Interpol desde 2020 — e o nome falso que usava também estava entre os procurados.
O homem foi condenado no ano passado a 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter lavado R$ 1 bilhão para o PCC.
Papel de Tuta
Apontado como substituto de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Tuta chegou a ocupar o cargo de adido comercial no Consulado de Moçambique em Minas Gerais, entre 2018 e 2019. Ele recebia salário de R$ 10 mil para, oficialmente, tratar de temas relacionados ao intercâmbio comercial entre o país africano e o Brasil.
Após ser demitido do consulado, assumiu a liderança do PCC em liberdade, em 2020. Dois anos depois, no entanto, teria sido expulso da facção por enriquecer à custa da organização criminosa.
Em determinado momento, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) chegou a anunciar que ele havia sido executado pelo tribunal do crime da facção, após ordenar, sem autorização da cúpula, a morte de um integrante do grupo. O corpo, porém, nunca foi encontrado.