Leão XIV ofereceu Vaticano para negociar guerra na Ucrânia, diz Trump

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Vaticano, representado pelo papa Leão XIV, “estaria muito interessado em sediar as negociações” entre a Rússia e Ucrânia. A afirmação foi feita por meio da rede Truth Social, nesta segunda-feira (19/5), após ligação com Vladimir Putin, presidente da Rússia. Até o momento a informação não foi confirmada pelo Vaticano.

“O Vaticano, representado pelo papa, declarou que estaria muito interessado em sediar as negociações. Que o processo comece!”, escreveu Trump.

O presidente ainda falou na rede social sobre a ligação que teve com Putin, também nesta segunda-feira (19/5), Segundo ele, a conversa, que tinha como objetivo negociar um cessar-fogo, “correu muito bem” e as negociações de Moscou com Kiev vão começar “imediatamente”.

“Acredito que correu muito bem. Rússia e Ucrânia iniciarão imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, para o fim da guerra. As condições para isso serão negociadas entre as duas partes. O tom e o espírito da conversa foram excelentes”, afirmou.

Após a ligação, que durou cerca de duas horas, o presidente russo afirmou que a conversa “foi muito substancial e muito franca e, no geral, na minha opinião, nesse sentido, muito útil”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já estaria a par de tudo que foi falado, assim como a presidente da Comissão Europeia e líderes europeus, de acordo com Trump.

Vice de Trump no Vaticano

Também foi nesta segunda-feira (19/5) que o papa Leão XIV recebeu o vice-presidente dos EUA, JD Vance, que esteve presente também na missa que marcou o início do atual pontificado, nesse domingo (18/5).

Entre os temas abordados, estava em pauta o fim dos conflitos internacionais atuais, com o desejo de que o direito humanitário e o direito internacional sejam respeitados nas áreas de conflito, na esperança de “uma solução negociada entre as partes envolvidas”.

“Durante os cordiais colóquios na Secretaria de Estado foi renovada a satisfação pelas boas relações bilaterais, e destacou-se a colaboração entre a Igreja e o Estado, assim como algumas questões de especial relevância para a vida eclesial e a liberdade religiosa”, diz nota da Santa Sé.

Quando ainda era cardeal, o papa chegou a criticar Vance através do X, quando republicou uma reportagem que questionava o posicionamento do governo de Donald Trump a respeito dos imigrantes. “JD Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”, dizia título da matéria.

Na ocasião por qual foi criticado pelo papa, o vice de Trump disse que há um conceito cristão em que você deve amar primeiro sua família, e só depois amar o próximo, a comunidade, os concidadãos e, por fim, “priorizar o resto do mundo”.

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