Os 10 melhores filmes e séries sobre samurais e o Japão Feudal

O Japão Feudal é o período de grandes histórias de honra, tradição e glória. Do fio da espada dos samurais aos grandes lordes da guerra que levaram o país ao isolamento, a época também foi cenário de alguns dos maiores clássicos do cinema, enquanto outras produções adicionaram um toque místico às tramas de época, além de renderam grandes cenas de ação.

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O grande diretor Akira Kurosawa, por exemplo, baseou boa parte de sua obra no Japão Feudal, incluindo aquele que é considerado um dos maiores filmes de todos os tempos — Os Sete Samurais, que serviu de inspiração para histórias em todo o mundo, inclusive na fantasia. O diretor Zack Snyder, por exemplo, revelou que o longa oriental foi sua principal influência para criar o unverso de Rebel Moon.

O período histórico se tornou o tema também de produções ocidentais, encantadas com a trama de samurais. É o caso da elogiada Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, que adapta para as telas o clássico livro de mesmo nome, lançado na década de 1970.


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Assim, se você quer conhecer mais desse período tão rico da história do oriente, selecionamos 10 filmes e séries de diferentes estilos e pegadas para você se aprofundar no Japão Feudal e conhecer diferentes olhares. Prepare sua katana e confira.

10. Xógum: A Gloriosa Saga do Japão

Uma das maiores apostas do Disney+ e Star+, a série estrelada por Hiroyuki Sanada (John Wick 4: Baba Yaga) e Cosmo Jarvis (Raised by Wolves) promove um encontro de mundos. O senhor da guerra Yoshii Toranaga vê na chegada inesperada do marinheiro inglês John Blackthorne uma chance de ascender ao poder em um momento de vazio político e abutres rondando.

 

A história real que levou à criação do primeiro xogunato e, depois, ao período de mais de dois séculos de isolamento do Japão aparece aqui com toques fictícios. Xógum: A Gloriosa Saga do Japão nos mostra os conflitos políticos da época e a tradição por um olhar ocidental, enquanto os povos europeus olhavam para a Ásia com anseios de dominação.

Embora seja uma produção ocidental, há um enorme cuidado da produção para que ela seja o mais fiel e respeitosa à tradição japonesa possível. Tanto que o próprio ator Hiroyuki Sanada comentou que o seriado é a oportunidade perfeita para que o Ocidente conheça melhor a história do Japão e sua cultura para além dos estereótipos.

  • Star+ mensal por R$ 32,90

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão está disponível no Disney+ e Star+.

9. Silêncio

 

O filme de Martin Scorsese (Assassinos da Lua das Flores) se passa no mesmo período histórico da série anterior. É um período de repressão religiosa, com o isolamento promovido pelo xogunato Edo levando os católicos do Japão a esconderem sua fé; é nesse ensejo que um grupo de padres jesuítas vai ao país.

A busca do personagem Alessandro Valignano, interpretado por Andrew Garfield (Tick, Tick… Boom) é por seu mentor, Cristóvão Ferreira (Liam Neeson). Após receber a notícia de que o missionário renunciou de sua fé, ele parte para o Japão para descobrir a verdade, acabando por ter suas próprias crenças colocadas à prova — tudo isso em um momento em que o país não está nada receptivo para estrangeiros como eles.

Silêncio não está disponível em serviços de streaming no Brasil.

8. Os Sete Samurais

 

Considerado um dos maiores filmes de todos os tempos, Os Sete Samurais é a obra mais famosa do diretor Akira Kurosawa (A Fortaleza Escondida). Dividido em três partes, o longa retrata a saga de um grupo de guerreiros que devem defender uma aldeia de ataques e saques.

Enquanto o grupo de samurais do título treina os habitantes a se defenderem, acabam também se envolvendo no cotidiano da comunidade. A partir daí, são desenvolvidos temas políticos do Japão do século 16, que nem parecem tão distantes assim da modernidade, em um longa que alçou o cinema do país ao mundo e criou novos padrões para toda a indústria.

Apesar de toda essa importância, Os Sete Samurais não está no catálogo de nenhum serviço de streaming no Brasil.

7. Samurai de Olhos Azuis

 

Questões raciais, de pertencimento e machismo são alguns dos motes da recente animação original da Netflix. Também passada durante o período Edo, no século 17, Samurai de Olhos Azuis acompanha a saga de vingança de Mizu em busca de quatro homens ocidentais que selaram seu destino.

A protagonista é uma jovem mestiça, filha de uma mulher japonesa que foi violentada por um estrangeiro. Por causa disso, ela nasceu sem os traços tipicamente japoneses e carrega um incomum par de olhos azuis, o que faz dela uma aberração dentro da rígida cultura do Japão Feudal. 

O ódio está diretamente relacionado à renegação de suas origens, o que faz com que ela siga em uma jornada para matar os últimos europeus que se escondem no país na esperança de se vingar da desgraça que seu pai plantou em sua vida. Pelo caminho, encontramos personagens peculiares em um estilo de animação igualmente particular, que mistura elementos 2D e 3D. São sete episódios na primeira temporada, apenas parte de uma história que os criadores desejam contar em, pelo menos, quatro partes.

Samurai de Olhos Azuis está disponível na Netflix.

6. Princesa Mononoke

 

Não dá para falar em cinema japonês sem citar também Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro), o grande nome do Studio Ghibli. Nesta animação de 1997, estamos no século 14, com a história do Japão antigo sendo invadida por elementos místicos e animais fantásticos, em meio a uma batalha entre os deuses da floresta e os humanos.

Para falar de meio-ambiente, religião e exploração, Princesa Mononoke nos coloca ao lado de Ashitaka, que é amaldiçoado após combater um demônio. O ataque o deixa poderoso, mas também causa intensa dor e vai o levar à morte, a não ser que ele busque a cura na floresta, onde estão escondidos segredos e, claro, novas ameaças e descobertas.

É um olhar fantástico do Japão Feudal, mas que ajuda a entender bem o peso do folclore dentro das tradições do dia a dia. Sem contar que estamos falando de um clássico do cinema japonês.

Princesa Mononoke pode ser assistido no catálogo da Netflix.

5. Ran: Os Senhores da Guerra

 

Voltamos a falar de Kurosawa por aqui, desta vez com uma abordagem bem mais sombria e, por que não, inusitada. Ran: Os Senhores da Guerra, de 1985, é uma adaptação da obra Rei Lear, de William Shakespeare, transportada para o Japão do século 16 para mostrar que os conflitos políticos também podem surgir no seio da família.

Tatsuya Nakadai (13 Assassinos) é o lorde Hidetora Ichimonji que, velho e próximo da morte, está prestes a entregar seu controle para os filhos. Entretanto, ele percebe muito rapidamente que a ânsia pelo poder pode os colocar uns contra os outros. Enquanto isso, o nobre tenta lidar com traumas do passado, enquanto busca conforto em seus últimos dias de vida.

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Ran: Os Senhores da Guerra está no Globoplay.

4. Onimusha

 

Fruto de um interesse cada vez maior da Netflix pelo mundo dos games, a adaptação do clássico jogo da era PlayStation 2 é um bocado diferente do jogo. Ainda que a mística e a ameaça dos demônios sigam no centro da trama, a trama segue o lendário Musashi Miyamoto, que parte no combate contra as criaturas usando um bracelete que o garante poderes sobrenaturais.

Chama a atenção aqui a presença de Takashi Miike (A Espada do Imortal) como um dos diretores responsáveis pela adaptação. O prolífico cineasta japonês traz um toque contemporâneo para a história de Onimusha, misturando animação 3D com elementos desenhados à mão, além de elementos reais para compor a história.

Onimusha é uma produção original Netflix, baseada na franquia de games da Capcom.

3. 13 Assassinos

 

Já que citamos Takashi Miike, é hora de falar de sua principal obra. Entre os mais de 100 créditos do cineasta ao longo de sua carreira ainda em andamento, este é considerado o melhor, com direito a comparações ao cinema de Kurosawa e uma impressionante cena de batalha que dura nada menos do que 45 minutos.

É nela, aliás, que o talento do diretor brilha, com novas formas de mostrar o combate entre os samurais em uma missão suicida. 13 Assassinos conta uma história com raízes na realidade, mas enredo de ficção, sobre a resistência contra um lorde autoritário que traz terror ao Japão do século 19.

Mais impressionante do que o próprio filme de 2010, porém, é o fato de 13 Assassinos não estar disponível em nenhum serviço de streaming no Brasil.

2. Samurai Champloo

 

O período Edo é, novamente, o cenário do anime que mistura elementos clássicos da cultura japonesa com aspectos modernos. A mistura entre a cultura antiga e o hip hop, por exemplo, se dá na cara de filme de viagem do seriado, que fala sobre a iminência da morte e a aceitação entre pessoas de origens e criações diferentes.

Em 26 episódios, Samurai Champloo também traz elementos de outros grandes nomes do anime, como Macross e Cowboy Bebop, nos quais o diretor Shinichirö Watanabe (Animatrix) também trabalhou. O estilo também é bem diferente do usual, com episódios isolados que levam a uma conclusão final, ao contrário da tradição dos animes e seus capítulos sequenciais.

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Samurai Champloo está no catálogo do CrunchyRoll.

1. As Tartarugas Ninja III

 

Longe do meme e praticamente uma menção honrosa, afinal de contas, estamos falando de um filme que enterrou as adaptações live-action das Tartarugas Ninja por mais de 20 anos. Apesar de terrível, essa produção também foi o primeiro contato com o Japão Feudal de uma geração que cresceu adorando os discípulos do Mestre Splinter, uma memória afetiva que justifica sua presença aqui.

Quando April O’Neil (Paige Turco) compra um cajado místico em uma loja de antiguidades, acaba transportada para o Japão Feudal. Leonardo, Raphael, Donatello e Michelangelo vão atrás dela, trocando de lugar no tempo com quatro guerreiros da época, e entrando em conflito direto com Lorde Norinaga (Sab Shimono), que está prestes a ganhar vantagem militar pelas mãos do contrabandista de armas Walker (Stuart Wilson).

As Tartarugas Ninja III está disponível no Amazon Prime Video.

Leia a matéria no Canaltech.

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