Brasília – Aos 79 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a aliados mais próximos que pretende disputar a reeleição em 2026. A fala, direta e desafiadora, veio em resposta às especulações mal-intencionadas da direita, que tentava emplacar a narrativa de que Lula desistiria por “cansaço” ou “idade”.
“Vou disputar 2026. E só perco essa eleição para mim mesmo”, declarou o petista em reunião com a cúpula do PT, segundo revelou o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles. A frase, que já entrou para o arsenal político da esquerda, crava a disposição de Lula em enfrentar mais uma vez a máquina de desinformação bolsonarista nas urnas.
Lula articula nos bastidores e ignora ataques da direita
Enquanto setores da direita e do centrão especulam uma suposta retirada de Lula da corrida presidencial, o presidente trabalha ativamente para consolidar apoios. Um dos principais alvos de articulação é o MDB, partido com histórico de fisiologismo, mas presença estratégica no Congresso.
De um lado, figuras como Michel Temer e o prefeito bolsonarista de São Paulo, Ricardo Nunes, ainda resistem. Do outro, Renan Filho e Jader Barbalho Filho, ministros de Lula, defendem publicamente a reeleição e fortalecem os laços com o Planalto.
Além disso, Lula está diretamente envolvido nas eleições internas do PT, onde apoia Edinho Silva para a presidência da legenda. A ideia é preparar o partido para 2026 com renovação, mas sem abrir mão da coerência política.
Economia, base eleitoral e confiança pessoal
Apesar das críticas e do bombardeio diário da mídia corporativa e da extrema-direita nas redes, Lula demonstra confiança. Segundo ministros do Palácio do Planalto, o presidente acredita que a pior fase da economia já passou e que os próximos meses trarão recuperação.
O foco, segundo aliados, está em investimentos públicos, geração de empregos e fortalecimento da base social, com atenção redobrada ao Nordeste e às periferias urbanas, onde o bolsonarismo tenta avançar com promessas vazias e pastores milionários.
Não vai ser como na Argentina
A fala de Lula também afasta qualquer comparação com o ex-presidente argentino Alberto Fernández, que optou por não disputar a reeleição em meio ao caos econômico. Lula, ao contrário, aposta no crescimento e no fortalecimento da sua imagem junto ao povo — imagem que segue resistente mesmo após ataques orquestrados por milícias digitais e colunistas a soldo.