A Justiça do Distrito Federal decidiu converter em preventiva a prisão em flagrante dos empresários interceptados pela Polícia Federal (PF) com R$ 1,2 milhão no Aeroporto Internacional de Brasília nessa terça-feira (20/5).
A coluna apurou que, na audiência de custódia, a Justiça entendeu que somente a prisão é capaz de reprimir as condutas identificadas por parte de César de Jesus Glória Albuquerque, Erick Pinto Saraiva e Vagner Santos Moitinho, todos oriundos de Manaus (AM).
No momento do flagrante os empresários confessaram a presença das notas e informaram que iam ao estado de Goiás para comprar insumos para as empresas e sanar algumas dívidas. Diante disso, diversas contradições foram identificadas, sobretudo porque, o trio, sequer, sabia indicar com exatidão o local onde fariam as compras ou com quem quitariam as supostas dívidas.
Posteriormente à prisão, pesquisas e levantamentos complementares reforçaram os indícios quanto à origem ilícita dos valores apreendidos. Segundo a investigação, ficou constatado que os empresários possuem vínculos com empresas com capacidade econômica e financeira incompatível com o capital social declarado.
Descobriu-se, também, que a quantia encontrada não possui lastro sustentável nos rendimentos médios mensais declarados pelos empresários. Por fim, as sedes das empresas a eles vinculadas não possuem estrutura condizente com os contratos celebrados junto a prefeituras. Reforçando os indicativos de se tratarem de empresas de “fachada”.
“Considerando todo o contexto fático e probatório exposto e a ratificação das hipóteses criminais enunciadas, represento pela conversão da prisão em flagrante em preventiva”, declarou.
Celulares e aparelhos eletrônicos também foram apreendidos pelos agentes. A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo para acessar as informações contidas nos aparelhos, que podem contribuir para o avanço das invstigações, que terão continuidade.