Ministra é vítima de racismo ao tentar entrar em palestra – Foto: Agência Senado/Reprodução/ND
A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), contou nesta terça-feira (20) que a ministra substituta Vera Lúcia Santana de Araújo foi vítima de racismo. O caso aconteceu na última sexta-feira (16), durante um evento em Brasília.
Vera Lúcia foi convidada para participar do 25º Seminário Ética na Gestão, organizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Mesmo sendo uma das palestrantes e mostrando a carteira funcional, ela teria sido impedida de entrar no local do evento.
“Gostaria de dar início tornando pública uma ocorrência dotada de muita gravidade e infelicidade”, afirmou a presidente da Corte. “Uma das integrantes desse tribunal foi centro de uma inaceitável conduta de discriminação, racismo, um tratamento indigno, quando ela se apresentava atendendo um convite”, disse a presidente do TSE, Carmen Lúcia.
Ministra é vítima de racismo, denuncia Carmen Lúcia – Foto: Reprodução/Youtube/Justicaeeleitoral
O seminário tratava justamente de temas como assédio e discriminação, e contou com a participação de cerca de 600 pessoas, entre público presencial e virtual.
“Oficiei hoje o presidente da Comissão de Ética da República para dar ciência formal do agravo que pode constituir até crime. E, que de toda sorte, agrava cada brasileiro e cada brasileira, além de atingir a Justiça Eleitoral como um todo”, prosseguiu.
Ministra é vítima de racismo e Comissão de Ética se manifesta
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República divulgou uma nota nesta quarta-feira (21) em apoio à ministra do TSE, Vera Lúcia Santana Araújo.
A nota, assinada pelo presidente da comissão, Manoel Caetano Ferreira Filho, afirma que o grupo presta total solidariedade à ministra pelo constrangimento que ela sofreu no prédio da Confederação Nacional do Comércio (CNC Business), onde o evento foi realizado.
Ministra é vítima de racismo – Foto: Pedro França/Agência Senado
Apesar da manifestação de apoio, a Comissão afirmou no mesmo texto que não tem responsabilidade administrativa ou de gestão sobre o local onde o caso aconteceu.
