Missão Impossível já havia conquistado espaço na indústria entre como série nos anos 1960 e 1970, e também se tornou um marco na história do cinema a partir de 1996. Tom Cruise trouxe Ethan Hunt para o mundo de uma forma completamente promissora, que conquistou bilheterias e o coração do público apaixonado por ação desde então, com uma música-tema que já era referência e se popularizou ainda mais na cultura pop mundial. Missão Impossível: O Acerto Final estreia nesta semana em circuito nacional.
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E, quando falamos de Cruise, a primeira coisa que provavelmente vem à mente é: qual será a maior peripécia que ele vai aprontar em um filme da franquia Missão Impossível? É aí que entra o ator dedicado que mostra que vai pular de penhascos com motos ou de prédios enquanto corre — sem o ou com a mínima presença de dublês, algo que se tornou característico ao longo dessa trajetória.
Fazendo jus a essa fama toda de Tom Cruise, além de carregar um nome de peso, Missão Impossível: O Acerto Final vem para concluir a história de Ethan Hunt e deixar as pessoas sem fôlego em muitos momentos.
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Veja o que o Canaltech achou, sem spoilers.
Continuação de Acerto de Contas
Para recapitular, especialmente para quem não acompanhou de perto. Missão Impossível: O Acerto Final é a continuação direta do longa de 2023, Missão Impossível: Acerto de Contas. Neste novo capítulo, muitas das pontas soltas deixadas pelo filme anterior são finalizadas. Vale notar que a trama de O Acerto Final se desenrola apenas dois meses após os acontecimentos do filme de 2023.
Em Missão Impossível: O Acerto Final a história da Entidade continua em alta, já que a inteligência artificial rebelde está tentando ter controle do mundo inteiro, o que inclui o poder bélico de diversos países. A IA pode ser comparada a uma mistura entre a Skynet e o Ultron, mas com sede de conquistar a supremacia informacional. Sendo assim, ela poderia desestabilizar governos, manipular a verdade e ditar o destino dos seres humanos.
E é aqui que entra Ethan Hunt, que está foragido por conta de seus atos. Mas isso não parece ser um problema para a presidente dos Estados Unidos, Erika Sloane (Angela Basset), que busca a ajuda do rapaz para acabar com tudo isso de uma vez.
Então, Hunt junta seus amigos na tentativa de exterminar essa ameaça fatal e salvar o mundo mais uma vez.
Público tenso na poltrona do cinema
Mesmo sendo um tributo aos filmes anteriores, pode ser que o espectador se canse um pouco no decorrer da trama. São 2h51 que, com toda certeza, poderia ser enxugado. Em muitas partes você fica com o questionamento se era necessário estender tanto o longa. Apesar desse detalhe, o projeto consegue ser preenchido por aquilo que a franquia faz de melhor: cenas de ação que tiram o fôlego.

O espectador é brindado com sequências grandiosas e meticulosamente coreografadas, com destaque especial para uma tensa e claustrofóbica cena no fundo do mar e uma eletrizante briga que se desenrola em um avião bimotor em pleno voo, ambas demonstrando a audácia característica da série. São, inclusive, cenas que merecem destaque dentre o longa todo.
Apesar de visualmente impressionantes, algumas dessas sequências levam a narrativa a um ponto que beira o completamente irreal. E até mesmo para um filme como Missão Impossível, chega a ser completamente fora da casinha pensar que aquilo está acontecendo.
O filme frequentemente conduz o público ao extremo, pintando cenários onde tudo parece completamente perdido, apenas para que uma solução surja no último segundo. Da mesma forma, quando as coisas parecem estar finalmente dando certo para os protagonistas, um novo obstáculo surge do mais absoluto nada. Apesar do recurso manter a tensão de quem está assistindo, pode soar repetitivo demais.
Coajuvantes complementam Hunt nas telonas
O que sustenta grande parte desses momentos e eleva o filme são as atuações consistentes e o carisma do elenco. Ao lado de Tom Cruise, Hayley Atwell surge como uma adição bem-vinda, trazendo uma nova dinâmica à equipe.
Simon Pegg continua a ser um alívio cômico e técnico essencial, enquanto Pom Klementieff entrega uma presença intimidadora e memorável, agora ao lado de Ethan Hunt. Todos se completam em tela, enriquecendo as interações e a jornada do personagem principal.

Falando em antagonistas, o filme nos traz de volta Gabriel, interpretado por Esai Morales. Ele, sem dúvida, possui a presença e a frieza necessárias para um vilão que visa incomodar profundamente Ethan e seus aliados. No entanto, o desenvolvimento e a conclusão de seu arco pode parecer um tanto quanto desleixada, o que traz a sensação de que seu desfecho poderia ser um pouco mais elaborado.
Missão Impossível: O Acerto Final vale a pena?
Em resumo, é importante reforçar que o filme não é ruim. Ele entrega momentos de genuína empolgação e nostalgia. Principalmente para quem conhece os filmes da franquia e sabe do potencial de Ethan Hunt.
A questão é que para o público que acompanha a leva de filmes, pode ser que esse não alcance o espaço entre os melhores da franquia. Ainda assim, para aqueles que buscam uma experiência cinematográfica carregada de adrenalina, acrobacias impossíveis e espetáculo visual, este longa certamente proporcionará uma sessão divertida e repleta de ação.
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