Eduardo Paes avalia romper com o PT

Rio de Janeiro – O prefeito Eduardo Paes (PSD) ameaça romper de vez com o PT carioca, após mais um episódio de infidelidade na Câmara de Vereadores.

Parlamentares petistas se uniram à extrema-direita contra o projeto de armamento da Guarda Municipal, detonando a paciência do alcaide, que agora avalia retirar o partido das quatro secretarias que ocupa na gestão.

PT na mira: “só dá prejuízo”, diz entorno de Paes

Segundo interlocutores próximos ao prefeito, a aliança com o PT tem se mostrado um fardo: desgaste público sem retorno político. A baixa aprovação do presidente Lula na capital fluminense só piora o quadro. O PSD, partido de Paes, sequer tem espaço no governo federal no Rio – o mínimo esperado seria fidelidade na base legislativa. Mas nem isso o prefeito tem recebido.

“Nem reciprocidade, nem coerência. Chega uma hora que cansa”, teria dito um assessor, sob reserva.

Rebelião petista na Câmara irrita Paes

A gota d’água veio nesta quinta (22), quando os vereadores Maíra do MST e Leonel de Esquerda votaram ao lado de bolsonaristas contra o projeto de Paes que visa armar a Guarda Municipal. O prefeito viu o gesto como uma traição ideológica e política, que enterra qualquer resquício de confiança na aliança formal com o partido.

Aliados relatam que o clima no Palácio da Cidade é de ruptura iminente.

Secretarias na berlinda e olho em 2026

Atualmente, o PT controla três pastas estratégicas: Meio Ambiente (com a vereadora Tainá de Paula), Habitação (Diego Zeidan) e Direitos Humanos (Adilson Pires). A federação, que inclui o PV, ainda comanda a Economia Solidária, nas mãos do vereador Márcio Santos. Todas estão sob análise.

O prefeito já discute nos bastidores uma minirreforma administrativa, com redistribuição dessas secretarias para atrair novos aliados de olho em 2026, quando pretende montar uma frente para disputar o governo estadual.

Paes e Lula: relação direta, sem PT no meio

Mesmo sendo o único prefeito de capital nas regiões Sul e Sudeste a apoiar Lula em 2022, Paes mantém uma relação direta com o presidente, sem depender da mediação do PT. Seus pleitos ao Palácio do Planalto são encaminhados pessoalmente.

Com esse canal já estabelecido, a permanência do PT na gestão municipal perde ainda mais o sentido para o prefeito.

O Carioca esclarece:

Por que isso importa?
A crise entre Paes e o PT pode redefinir o mapa político carioca e influenciar alianças para 2026, enfraquecendo a esquerda institucional na capital.

Quem são os envolvidos?
Eduardo Paes, prefeito do Rio (PSD); os vereadores petistas Maíra do MST e Leonel de Esquerda; e os secretários Tainá de Paula, Diego Zeidan, Adilson Pires e Márcio Santos.

Qual o impacto no Brasil e no mundo?
O racha no Rio sinaliza tensões no campo progressista nacional e pode afetar a governabilidade em outras capitais e estados.

Como isso afeta a democracia ou os direitos?
A eventual substituição de secretarias ligadas a direitos humanos e meio ambiente por nomes de centro ou direita pode enfraquecer políticas públicas essenciais.

Com informações da Agenda do Poder

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