Caldo de osso fica popular entre celebridades; mas consumir realmente faz bem?

Nos últimos anos, o caldo de osso ganhou fama entre celebridades como Gwyneth Paltrow e Salma Hayek, que dizem consumir a bebida regularmente por seus supostos efeitos rejuvenescedores e benefícios à saúde. Feito a partir do cozimento lento de ossos e cartilagens por até 48 horas, o caldo promete ser fonte de colágeno, minerais e aminoácidos. A ideia é simples: extrair nutrientes dos ossos para melhorar a pele, as articulações e até a imunidade. Mas será que essa fama toda se sustenta?

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Esse caldo é produzido pelo cozimento em fogo brando de ossos de animais e tecidos conjuntivos, como cartilagem e tendões, por 12 a 48 horas. O processo de cozimento lento extrai nutrientes como colágeno, aminoácidos e minerais para o líquido. Ele pode ser consumido sozinho ou usado como base para sopas, molhos e ensopados.

Segundo a pesquisadora Dipa Kamdar, da Kingston University, apesar de o caldo de osso conter alguns nutrientes importantes, ele não é milagroso.


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A maior parte dos estudos que mostram benefícios do colágeno são feitos com suplementos concentrados, e não com o caldo caseiro. Isso significa que os efeitos visíveis na pele ou nas articulações podem ser bem menores do que os divulgados.

Caldo de osso pode ser um complemento nutritivo, mas não faz milagres (Imagem: Kamran Aydinov/Unsplash)

Além disso, a cientista alerta sobre o excesso de sódio em versões industrializadas e possíveis traços de metais pesados nos ossos, como chumbo. O ideal é preparar em casa, com ingredientes frescos e de boa procedência.

No fim das contas, o caldo de osso pode ser um complemento nutritivo na dieta, mas não substitui uma alimentação equilibrada. Para estimular a produção natural de colágeno, é melhor focar em uma dieta rica em proteínas, frutas, legumes e boas noites de sono.

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