A startup brasileira Psyche Aerospare, que ganhou destaque no mercado mundial do agro com o anúncio do maior drone agrícola do mundo – o Harpia P-71 -, enfrenta uma grave crise.
Depois de mais de R$ 19 milhões captados com investidores para a construção de um drone que revolucionaria a pulverização de lavouras, a empresa descontinuou o projeto e demitiu neste mês 130 funcionários da sede, localizada em São José dos Campos (SP).
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O Harpia P-71 ganhou fama e dinheiro ao ser apresentado em eventos e feiras do agro, despertando interesse de grandes investidores do setor. O projeto, idealizado por Gabriel Leal, de 24 anos, prometia um drone movido a etanol e eletricidade com capacidade de carregar até 400 kg de produtos.
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Os obstáculos técnicos e financeiros atrasaram os planos de Leal. A Psyche tentou abrir uma nova rodada de investimento em 2024, sem sucesso.
Em nota publicada no LinkedIn, a empresa afirmou que “após cuidadosa análise, percebemos que o caminho para o pleno amadurecimento da nossa divisão de hardware demandaria um investimento de tempo e recursos consideráveis, além de novos aportes de capital que levariam tempo para serem concretizados.”
“Para garantir que sempre entregaremos a excelência que almejamos, tomamos a difícil decisão de focar nossos esforços na divisão de software, que tem apresentado um crescimento promissor e resultados significativos. Isso nos permite otimizar nossos recursos e concentrar nossa energia onde podemos gerar maior impacto no momento.”
O texto, assinado por Leal, CEO da Psyche Aerospace, afirma que o projeto Harpia não está sendo descartado. “Eles estão, na verdade, em um estágio de ‘congelamento’ estratégico, aguardando o momento oportuno para serem retomados.”