Se você tem um gato bicolor e recentemente notou que ele foi mudando de cor aos poucos, não se preocupe, não é “coisa da sua cabeça”. Determinadas raças de gatos nascem de uma cor, mas chegam a velhice com tonalidades bem diferentes. Toda essa mudança está relacionada à temperatura.
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Apesar de ser um traço típico dos gatos siameses, a característica não é exclusiva desses pets. Segundo a veterinária Ana Carolina Mattos, o padrão colorpoint (cores diferentes nas extremidades) é um traço comum nas raças: ragdoll, himalaio, e até mesmo os SRD (os famosos vira-latas).
A especialista explica que esses gatos têm um gene chamado CS que afeta a produção de melanina e que pode sofrear alterações de acordo com a temperatura. Enquanto nas regiões mais quentes do corpo do pet o pelo é claro, as partes mais “frias” ficam com um tom mais escuro, devido à alta produção de melanina.
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Eles serão ajudados com a quantia
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Quando idosos, ele pode ficar ainda mais escurecido nessas regiões
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A tradução de seu nome é “boneca de pano”
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O gene C é ligado à coloração do pelo do gato, controlando a produção de pigmentação e deixando as áreas frias mais escuras do que o resto do corpo, resultando em padrões de colorpoint.
Mattos explica que esses gatos nascem brancos, porém, mudam de cor ao longo da vida. Isso acontece por que, dentro do útero, a temperatura é mais “quentinha” e é distribuída por igual. “Conforme eles vão ganhando uma temperatura corpórea normal, sem o aquecimento da mãe, a coloração vai escurecendo”, descreve.
Com as mudanças de estação durante o ano, eles também podem mudar de cor, ficando mais escuros no inverno e mais claros no verão.
Até a idade pode influenciar na coloração desses pets. A veterinária relata que, com passar dos anos, a circulação sanguínea dos pets vai se deteriorando, causando o aumento do escurecimento nas extremidades.