O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, manifestou neste domingo (25/5) seu otimismo em relação a um possível acordo tarifário com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deflagrou uma guerra comercial contra grande parte dos países do mundo.
Segundo o premiê japonês, a ideia é que as negociações avancem e cheguem a um bom termo durante a cúpula do G7 (grupo dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo), em junho. O encontro será realizado no Canadá.
“Continuaremos a refinar ainda mais nossas discussões e temos a cúpula do G7 em mente como prazo para um eventual acordo com os EUA”, disse Ishiba a repórteres, neste domingo, em Kyoto (Japão).
Na última sexta-feira (23/5), o primeiro-ministro do Japão conversou, por telefone, com Donald Trump, por cerca de 45 minutos. Os dois líderes trataram de temas como as tarifas comerciais, segurança e diplomacia.
Questionado sobre como foi a conversa com Trump, Ishiba se limitou a dizer que houve “progresso” nas tratativas acerca das tarifas.
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Trump sobe o tom
Após um breve período de calmaria, o presidente dos EUA voltou a subir o tom e ameaçou impor novas tarifas comerciais, desta vez sobre produtos da União Europeia (UE).
Em mensagens publicadas em sua rede social, a Truth Social, na sexta-feira, Trump falou em uma tarifa fixa de 50% sobre todos os produtos importados do bloco europeu a partir do dia 1º de junho.
“Recomendo uma tarifa fixa de 50% na União Europeia, a partir de 1º de junho de 2025. Não há tarifa se o produto for construído ou fabricado nos Estados Unidos”, escreveu.
Trump afirmou ainda que a UE “foi formada com o objetivo principal de tirar vantagem dos EUA no comércio”.
“Suas poderosas barreiras comerciais, impostos, penalidades corporativas ridículas, barreiras comerciais não monetárias, manipulações monetárias, processos injustos e injustificados contra empresas americanas, entre outros, levaram a um déficit comercial com os EUA de mais de US$ 250 milhões por ano, um valor totalmente inaceitável. Nossas discussões com eles não estão levando a lugar nenhum”, concluiu Trump.