Sporting vira sobre o Benfica e leva a Taça de Portugal

Lisboa – Sporting vence Benfica e conquista a Taça de Portugal em cima do rival

Num Jamor lotado e fervilhando de tensão, o Sporting venceu o Benfica por 3 a 1, neste domingo (25), e selou a dobradinha histórica da temporada 2024-25. A vitória, suada e construída com drama, veio na prorrogação, após um empate no tempo normal que iludiu os encarnados e catapultou os leões para o seu 18º troféu da Taça — o primeiro desde 2018/19.

Não bastasse o troféu, o Sporting fecha o ano com título nacional e taça, repetindo um feito que não acontecia há 23 anos. E para o Benfica, resta o consolo amargo de um vice e a permanência no topo do ranking histórico da competição, agora pressionado pela aproximação leonina.

Um primeiro tempo tático, mas morno

A equipe de Bruno Lage surpreendeu logo de cara ao armar o Benfica num 3-4-2-1, fugindo do tradicional 4-2-3-1. A tática funcionou parcialmente: os encarnados dominaram o meio-campo e chegaram a assustar com Pavlidis, que carimbou o poste aos 35 minutos. Só não foi gol porque Rui Silva, em grande noite, desviou com a ponta dos dedos.

Apesar da superioridade benfiquista, o intervalo chegou com placar zerado, refletindo a pouca contundência no último terço de ambas as equipes.

Benfica abre o placar e se perde na soberba

A segunda etapa começou com ares de decisão: Orkun Kökçü, aos 47 minutos, soltou um petardo de fora da área que morreu no cantinho. Um golaço que parecia indicar o fim da linha para os leões.

E o golpe fatal quase veio aos 49: o suposto segundo gol do Benfica foi anulado após o VAR detectar falta de Carreras sobre Trincão na origem do lance. A partir dali, o que se viu foi um Benfica nervoso e um Sporting crescendo.

Gyökeres empata e inicia a virada no Jamor

Sem criatividade, mas com muita insistência, o Sporting foi encurralando o rival. E, no apagar das luzes do tempo regulamentar, surgiu o herói habitual: Viktor Gyökeres. O artilheiro sueco foi derrubado por Renato Sanches na área, e ele mesmo converteu o pênalti com frieza. O gol de empate, aos 90+4, incendiou a torcida e empurrou o jogo para a prorrogação.

Harder e Trincão fecham o caixão encarnado

Aos 99 minutos, o destino trocou de camisa. Após cruzamento perfeito da esquerda, Conrad Harder saltou como se tivesse molas nas chuteiras e cabeceou com raiva para virar o jogo. Um gol que, além da beleza, teve gosto de revanche.

O Benfica ainda tentou reagir, mas se perdeu entre chutões e desespero. E aos 120+1, em contra-ataque mortal, Trincão recebeu, avançou e chutou cruzado, encerrando a ópera em 3 a 1.

Sporting sela sétima dobradinha e pressiona rivais históricos

Com o título, o Sporting alcança a sua sétima dobradinha (Campeonato + Taça), consolidando a temporada como uma das mais gloriosas do clube neste século. No ranking da Taça de Portugal, o clube segue em terceiro, com 18 troféus, atrás de Benfica (26) e FC Porto (20) — mas encurtando distâncias.

Enquanto os leões celebram um ciclo vitorioso com Rúben Amorim e uma geração talentosa liderada por Gyökeres, o Benfica fecha o ano com mais perguntas do que respostas — e um gosto amargo que nem a estatística histórica consegue adoçar.


O Carioca esclarece

Quem é Viktor Gyökeres e por que ele desequilibra tanto?
O atacante sueco é o principal nome do Sporting em 2024-25, artilheiro do Campeonato e agora decisivo também na Taça. Forte, técnico e frio nas finalizações.

Quais são os impactos da vitória para o Sporting?
Além da dobradinha, o clube reafirma protagonismo nacional, valoriza o elenco e eleva o moral para a próxima temporada europeia.

Como a derrota afeta o Benfica?
Reflete a falta de estabilidade tática da equipe e coloca pressão sobre Bruno Lage, além de alimentar a frustração de uma torcida que não vê grandes títulos desde 2019.

O que representa a dobradinha para o futebol português?
Mostra a retomada do equilíbrio entre os três grandes — e reaquece a rivalidade histórica em solo lusitano com um Sporting mais competitivo.

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