Na primeira reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) que preside, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, defendeu o antecessor, Carlos Lupi. A reunião ocorre nesta terça-feira (27/5), após o governo excluir CNPS membros de entidades que tiveram os acordos de cooperação técnica suspensos no âmbito da Operação Sem Desconto.
“O ex-ministro Carlos Lupi de livre e espontânea vontade resolveu abdicar do cargo de ministro de Estado, para facilitar as investigações, mesmo não tendo nada contra o nome dele”, disse o novo ministro. Segundo ele, a saída de Lupi possibilitou uma maior transparência do ponto de vista das investigações.
Wolney afirmou que o governo agiu rapidamente para proteger os aposentados e pensionistas. Antes de chegar a ministro, ele era secretário-executivo do Ministério da Previdência, o número dois na hierarquia da pasta.
Esta é a primeira reunião com a participação do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.
Foi deflagrada ação pela Polícia Federal (PF) no fim de abril deste ano para coibir a prática de descontos indevidos em benefícios de pensionistas e aposentados do INSS. A farra no INSS foi revelada pelo Metrópoles e culminou na demissão do então presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto e de Lupi.
Leia também
-
Brasil
Conselho de Previdência discute descontos, consignado e fila do INSS
-
Brasil
Palácio do Planalto intervém e aponta nomes para Previdência e INSS
-
Mirelle Pinheiro
PF investiga fraude de R$ 2,3 mi no INSS com participação de servidor
-
Igor Gadelha
Motta joga batata quente do INSS para Alcolumbre
Na pauta da reunião desta terça, estão quatro itens:
- Descontos associativos – Informe sobre o processo de apuração e restituição;
- Crédito consignado – Últimas medidas adotadas pelo INSS e Dataprev;
- Vale+ INSS – Últimas decisões sobre a suspensão das operações; e
- Fila do INSS e da perícia médica.