O professor de canto Hallan Richard Morais Cruz, de 26 anos, que dava “chá de sêmen” às alunas afirmando que líquido melhoraria a voz delas, virou réu em um processo de violação sexual mediante fraude. O homem está preso desde o dia 25 de abril deste ano em Luzimangues, distrito de Porto Nacional (TO).
De acordo com o Ministério Público do Tocantins (MPTO), o professor foi denunciado 11 vezes pelo crime. A promotoria ofereceu a denúncia no dia 20 de maio e a Justiça aceitou, tornando-o réu no caso nessa segunda-feira (26/5).
Ainda segundo o MPTO, o homem conheceu a maior parte das vítimas numa igreja do distrito de Luzimangues, onde tocava na banda. Ele teria se aproveitado da relação de confiança, construída com base na sua posição de professor, para praticar os crimes.
Além de oferecer o “chá” que continha o próprio sêmen às jovens, Hallan também as filmava enquanto estavam tomando o líquido, sem que elas soubessem. Para fazer isso, ele dizia que estava apenas com a lanterna do aparelho ligada para “verificar a eficácia do tratamento vocal”, mas na verdade a câmera registrava o momento. O próprio professor colocava o líquido na boca das vítimas.
Hallan responde por outros crimes sexuais. Entre as acusações anteriores está a de ter sido flagrado se masturbando em um ônibus coletivo em 2018 e a de passar a mão no corpo de uma criança, de 10 anos, em 2020.
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Professor de canto dava “chá de sêmen” a alunas para melhorar voz
Aluna fez denúncia
Uma das alunas se negou a beber o líquido novamente e quando o professor insistiu ela pediu para que um colega chamasse a polícia.
O homem foi preso e potes com líquidos suspeitos foram aprendidos para análise da perícia. O laudo constatou o Antígeno Prostático Específico (PSA), característico pela presença de sêmen, e espermatozoides.
Além dos vídeos das vítimas bebendo o líquido, foram encontrados conteúdos pornográficos com mulheres e crianças em Luzimagues, distrito de Porto Nacional, no Tocantins, onde o suspeito mora com a família.
Em depoimento, Hallan confessou os crimes e informou que o “chá” tinha soro fisiológico, gengibre e seu próprio esperma, segundo o MPTO. Ele continua preso e o caso está tramitando na 2ª Vara Criminal de Porto Nacional.