Nice — O presidente Lula criticou os países ricos que priorizam “despesas militares” em vez de investimentos em assistência ao desenvolvimento. A crítica foi feita neste domingo (8/6), em discurso no Fórum sobre Economia Azul, em Mônaco.
Durante sua fala, o chefe do Palácio do Planalto defendeu que as grandes nações tenham mais compromissos com os investimentos que ajudem a preservar o meio ambiente. Para o petista, faltaria “disposição” desses países.
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Lula participou de evento sobre Economia Azul
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Lula em coletiva de imprensa para jornalistas em Paris
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Lula em Paris
Ricardo Stuckert / PR
“Em 2024, países ricos reduziram em 7% a assistência oficial ao desenvolvimento. Suas despesas militares, em contrapartida, cresceram 9,4%. Isso mostra que não falta dinheiro. O que falta é disposição e compromisso político para financiar”, disse Lula durante o discurso lido.
O presidente brasileiro também afirmou que as “instituições financeiras internacionais têm um papel central a cumprir” no apoio ao desenvolvimento e pediu ajuda de “bancos multilaterais melhores, maiores e mais eficazes”.
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“Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos. É urgente desburocratizar o acesso a fundos climáticos”, disse Lula.
Ao falar do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Lula disse que a cúpula de chefes de Estado deste ano “será um marco na defesa do desenvolvimento sustentável”. O evento acontecerá em julho, no Rio de Janeiro.
Agenda de Lula
Lula começou a cumprir sua “agenda ambiental” neste domingo (8/6) na Europa. Na segunda-feira (9/6), o presidente brasileiro participará da Conferência dos Oceanos, evento organizado pela ONU em Nice, na riviera francesa.
Ainda na segunda, como a coluna mostrou, Lula visitará a sede da Interpol, em Lyon. A visita do presidente à entidade ocorrerá quatro dias após a Interpol incluir o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha.