Interrogatório terá réus indo “pra cima” de Mauro Cid e medo de prisão

A Primeira Turma do STF inicia, nesta segunda-feira (9/6), a fase de interrogatórios de oito réus do chamado inquérito do golpe. Essa primeira etapa deve ser marcada por foco das defesas dos demais réus em Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e expectativa de muita tensão.

Cid será o primeiro a ser interrogado pelos ministros. Ele ganhou o benefício por ter feito um acordo de colaboração premiada. O militar poderá ser questionado não só pelos ministros do Supremo e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas também pelos advogados dos demais réus.

3 imagensDepoimento do tenente-coronel Mauro CidTenente-coronel Mauro CidFechar modal.1 de 3

Mauro Cid delata Bolsonaro a Moraes

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Depoimento do tenente-coronel Mauro Cid

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Tenente-coronel Mauro Cid

Igo Estrela/Metrópoles

Nos bastidores, as defesas dos demais réus prometem ir “para cima” do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O objetivo é confrontar o tenente-coronel sobre as versões que ele apresentou em sua colaboração premiada, muitas das quais questionadas pelos outros investigados da trama golpista.

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Há ainda um temor, entre réus e advogados, de que o clima de tensão escale e leve, até mesmo, o ministro Alexandre de Moraes a decretar prisões. Na fase dos depoimentos, Moraes teve embates e chegou a ameaçar prender o ex-ministro Aldo Rebelo (MDB) por desacato a autoridade.

Os interrogatórios devem seguir até a sexta-feira (13/6). No caso de Bolsonaro, a previsão é de que ele seja ouvido na quarta-feira (11/6). Depois dessa fase, abre-se prazo para eventuais novas instruções e, na sequência, para alegações finais. Após essa etapa, será possível marcar a data do julgamento.

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