Vídeo: Cid diz que Moraes foi chamado de “desgraçado” por militares

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em interrogatório nesta segunda-feira (9/6), que durante a reunião entre militares — apelidada pela defesa de “conversa de bar” — realizada em novembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes foi alvo de críticas e chegou a ser chamado de “desgraçado”.

O momento gerou risos no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), quando Cid detalhou os xingamentos dirigidos ao relator da ação penal.

“Não havia termos como ‘vamos acabar com ele’. Isso nunca existiu. ‘Vamos planejar alguma coisa’. Isso nunca existiu. Tinha, assim, xingamentos, cara desgraçado, coisas que o senhor já ouviu. Figurinhas, memes. Por isso digo ao senhor que teve esse grau de informalidade”, disse Cid.

A fala foi uma resposta ao advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que questionava o teor da reunião. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o encontro teria como objetivo discutir formas de pressionar os comandantes das Forças Armadas a apoiar um golpe de Estado.

Minuta mal escrita

O procurador-geral da República Paulo Gonet questionou Cid sobre o registro fotográfico da suposta minuta do golpe, em que a foto encontrava-se parcialmente obstruída por um papel que ocultava o final do documento.

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou desconhecer que realizou o registro onde recebeu a foto da minuta por mensagem.

“Mas realmente eu não me lembro quem mandou e, realmente, é um documento, digamos assim, até muito mal escrito. Mas não me lembro quem tirou a foto, não fui eu que tirei a foto, eu não recebi esse documento físico, ele veio só pelo meio digital”, destacou Cid.

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