Ministra Luciana Santos fala em desafios e missões para o Brasil

Durante o evento Nordeste em Pauta: Indústria e Inovação, promovido nesta terça-feira (10/6), pelo Metrópoles, em parceira com o Banco do Nordeste, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, apresentou os principais desafios e as seis missões estratégicas que orientam a agenda de desenvolvimento do Brasil.

De acordo com a ministra, a pasta investiu, de 2023 a 2025, quase R$37 bilhões (incluindo contrapartidas), para apoiar mais de 2,7 mil projetos relacionados às seis missões da nova política industrial. Luciana Santos destacou a necessidade de elevação no padrão de urbanização das cidades brasileiras.

“Nós precisamos elevar o padrão de urbanização das nossas cidades, que é um dos mais baixos que a gente vê ao nosso redor”, afirmou.

Assista:

Confira as missões:

  • Missão 1: Cadeias agroindustriais sustentavela e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética
  • Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades de SUS e ampliar o acesso a saúde
  • Missão 3: Infraestrutura, saneamento, moradia é mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e bem estar nas cidades
  • Missão 4: transformação digital da indústria para ampliar a produtividade
  • Missão 5: bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energética para garantir recursos para futuras gerações
  • Missão 6: tecnologia de interesse para soberania e defesa nacional

Ainda conforme a ministra, valores para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias na indústria praticamente triplicaram de 2023 para 2024: saíram de R$ 7,8 bilhões para R$ 21,2 bilhões, segundo dados computados até 31 de maio de 2025.

Ao contextualizar as missões, a ministra destacou os avanços econômicos recentes. “Em 2024 o PIB foi para 3,4%. A indústria nesse contexto cresceu 3,1%. É o maior faturamento da indústria em 15 anos”, disse.

Ela lembrou o papel dos bancos públicos na oferta de crédito competitivo, mesmo diante de altas taxas de juros, destacando o esforço do FNDCT para financiar pesquisa e desenvolvimento.

Combate às desigualdades regionais

Luciana também ressaltou a importância da política de combate às desigualdades regionais. Segundo ela, “o presidente Lula já deu demonstrações inequívocas dessa convicção e de medidas concretas”, citando projetos estruturantes para o Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina.

Ela falou da “Chamada Pública Nordeste”, uma iniciativa que envolve o FNEP, BNDES, Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, Consórcio do Nordeste e Sudene para apoiar planos de negócios estratégicos, com investimentos de até R$ 10 bilhões.

Sobre inovação e empreendedorismo na região, Luciana destacou o Fundo de Investimento FIP Nordeste Capital Semente, “um fundo pioneiro voltado para financiar startups nordestinas, com aporte inicial de R$ 120 milhões.” O fundo visa apoiar empresas de base tecnológica em estágio inicial, contribuindo para um desenvolvimento regional sustentável e tecnológico.

O evento também destacou o crescimento industrial da região Nordeste, que apresentou média de 2,5% em 2024, com estados como Rio Grande do Norte e Ceará superando o desempenho nacional. Dados do IBGE e do FGV indicam que a atividade econômica do Nordeste cresceu 4,0% no ano, acima da média brasileira.

Luciana Santos encerrou sua participação reforçando o compromisso do Ministério com a inovação e o desenvolvimento do Nordeste.

“Estamos assumindo a postura ativa, apresentando aos empresários nordestinos opções para contribuir com o desenvolvimento sustentável, tecnológico e inclusivo da nossa região. Por isso, apostamos na parceria entre governos, setor produtivo e academia para aproveitar oportunidades históricas.”

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