O traficante Kaio da Silva Honorato, o Kaioba, “puxador de guerra” do Comando Vermelho (CV), foi morto em confronto com o Terceiro Comando Puro (TCP) em uma disputa sangrenta que dura dias pelo controle do Morro do Fubá, em Cascadura, zona norte do Rio de Janeiro. Ele se transformou em uma espécie de troféu para o grupo rival. Fotos do corpo de Kaioba, com a cabeça explodida por um tiro de fuzil, foram compartilhadas dezenas de vezes em grupos no WhatsApp e Telegram.
Soldados do TCP também usaram perfis no Instagram para debochar da morte do rival e provocar o CV, afirmando que mais integrantes do lado oposto irão perder a vida. Após a morte de Kaioba, integrantes do CV deixaram o corpo do comparsa dentro de um veículo próximo a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Boatos de que o traficante estaria vivo, mesmo após a confirmação de sua morte, inundaram as redes socais.
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Antes de morrer, em um perfil nas mídias sociais, Kaioba aparecia como integrante da “Equipe Caos” e como “artilheiro” do Comando Vermelho. O faccionado seria responsável por comandar bandidos nas invasões aos morros do Fubá e do Campinho, em uma disputa contra o TCP pelo controle do território que dura mais de dois anos e causou diversas mortes. Em um vídeo, Kaioba chegou a gravar uma mensagem, enquanto aparecia armado com um fuzil e uma pistola. “E aí, chefe? Pegamos! É a parada do Caos”, afirmou.
Suposta carreata
Uma carreata em homenagem ao traficante teria sido organizada para ocorrer nesta quinta-feira (12/6). Informações que correm em grupos privados informaram que o suposto cortejo começaria no Complexo do Alemão, área dominada pelo CV, e seguiria em direção ao Complexo da Penha, onde será realizado o velório do traficante.
“Após a cerimônia, o grupo planeja se deslocar para Inhaúma. A ação reflete a influência de Kaioba, que liderava a “Equipe Caos” e era conhecido por comandar invasões aos morros do Fubá e Campinho na disputa contra o TCP”, diz a mensagem.