Vídeo. Lula defende prefeito de Mariana (MG) após vaias: “Convidado”

O prefeito de Mariana (MG), Juliano Duarte (PSB), foi recebido sob vaias e gritos de “fora” pela plateia que acompanhava uma cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta quinta-feira (12/6).

Diante dos protestos, o chefe do Planalto intercedeu:

“Hoje é um dia institucional. Quando terminar esse ato aqui, a política regional pode voltar ao local, cada um pode falar o que quiser. Mas nesse ato aqui o prefeito é nosso convidado. Não tem sentido o presidente da República vir num lugar, convidar uma autoridade, ele chegar aqui e ser mal recebido”, reagiu o presidente.

O petista ainda pediu que o público aguardasse o fim do ato para se manifestar. “Quando começar a campanha política, faça sua campanha, seja contra, mas hoje, não. Hoje é um dia institucional para a cidade de Mariana. Isso aqui não é proibindo a liberdade de expressão, é apenas responsabilizando a liberdade de expressão”, completou.

Confira o momento:

A declaração foi dada durante visita a Mariana, em Minas Gerais, para anúncios no âmbito do Acordo Rio Doce, firmado para compensar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015.

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No evento, foi anunciada a criação do Hospital Universitário de Mariana, com investimento previsto de R$ 200 milhões para atender a população. O governo também prevê outros investimentos nas áreas de saúde, agricultura e assistência social.

Em seu discurso, Juliano Duarte pediu que a cidade fosse contemplada no programa Minha Casa, Minha Vida, e ressaltou que o PSB, sigla da qual faz parte, compõe a base do governo. “Nós fazemos parte da base política do governo federal. Nós não estamos em cima do muro, nós assumimos nosso lado político e a nossa responsabilidade”, destacou.

Barragem de Mariana

Em 2015, o rompimento da barragem em Mariana provocou o maior desastre ambiental do país. Houve destruição de áreas de preservação e vegetação nativa de Mata Atlântica, perda da biodiversidade, além da degradação ambiental na bacia do Rio Doce e no Oceano Atlântico.

A tragédia resultou na morte de 19 pessoas e afetou mais de 40 municípios, três reservas indígenas e milhares de pessoas. Além disso trouxe severos prejuízos às atividades econômicas da região.

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