Longevidade: nutricionista de 101 anos revela os 7 hábitos que segue

Aos 101 anos, o nutricionista e professor John Scharffenberg vem ganhando destaque nas redes sociais por compartilhar seu segredo para viver tanto tempo com saúde. Ele costuma dar palestras internacionais sobre longevidade e atualmente também ministra aulas na Universidade Loma Linda, nos Estados Unidos.

Scharffenberg contraria até aqueles que relacionam a longevidade com fatores genéticos. O idoso revela que os irmãos faleceram relativamente cedo e os pais também – a mãe morreu aos 60 anos, de Alzheimer, e o pai aos 76, após sofrer um ataque cardíaco. Ele atribuiu o fato principalmente à prática regular de exercícios físicos ao longo da vida e a outros hábitos saudáveis que incorporou à rotina.

“A fase mais importante da vida é quando você atinge a meia-idade, dos 40 aos 70. É quando você precisa ter mais atenção, porque é nessa época que as pessoas geralmente relaxam, têm mais dinheiro, compram mais comida, ficam mais tempo sentadas, comem mais. Esse é o caminho errado a seguir”, afirma o centenário, em entrevista ao portal Today.

O homem aponta que doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e derrame, são as principais causas para a redução da expectativa de vida mundialmente. No entanto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mudanças no estilo de vida podem prevenir os riscos.

Com experiência no assunto, o centenário revelou em entrevista ao canal do YouTube VivaLongevidade! os sete hábitos essenciais para viver por mais tempo. Veja abaixo:

1- Não fume

Scharffenberg nunca fumou. O nutricionista aponta que o ato prejudica quase todos os órgãos e é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, de acordo com a OMS. O uso contínuo do tabaco aumenta a chance do desenvolvimento de várias doenças, como o câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.

O tabagismo também pode afetar outras áreas do organismo, como prejudicar a fertilidade, a saúde bucal, a visão e a audição, além de levar à dependência química em alguns casos.

2- Não beba álcool

Segundo o especialista, a ideia de que “beber moderadamente faz bem” está errada e, por isso, ele também nunca bebeu álcool. Baseado em estudos, o homem afirma que as bebidas alcoólicas aumentam o risco de câncer e não há uma dose segura de ingestão.

Em excesso, o consumo de álcool é também relacionado a vários problemas de saúde e sociais, podendo causar danos ao fígado, incômodos gastrointestinais, aumentar o risco de doenças cardiovasculares, gerar problemas cerebrais e levar à dependência química. A ingestão da bebida também está ligada a ocorrências de violência e acidentes no trânsito.

3- Pratique exercícios

A prática regular de exercícios físicos traz diversos benefícios à saúde física e mental, impactando diretamente na qualidade de vida. Redução de doenças crônicas, controle de peso, aumento da autoestima e maior controle dos sintomas de ansiedade e depressão estão entre as principais vantagens.

“Mesmo sendo nutricionista, acho que o exercício é ainda mais importante do que a nutrição”, destaca Scharffenberg.

4- Mantenha um peso saudável

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas e câncer. De acordo com a OMS, é importante estar atento ao risco mesmo quando se está apenas um pouco acima do peso.

O centenário acredita que uma das razões de ter sobrevivido mais do que os irmãos é que ele pratica o jejum intermitente, fazendo duas refeições por dia – café da manhã e almoço. O homem revela que pula o jantar, parando de comer no início da tarde, e só volta a se alimentar às 6h30 da manhã seguinte.

Foto colorida de mulher tomando xícara de chá - MetrópolesHábitos saudáveis podem levar a uma vida mais longa

5- Coma menos carne

Scharffenberg afirma que não come carne desde os 20 anos e segue uma dieta vegetariana balanceada baseada em vegetais, leite e ovos. Seus alimentos favoritos são manga, caqui, macadâmia e batatas, além de nozes e sementes.

Alguns especialistas apontam que uma dieta com menos carne pode reduzir o risco de doenças do coração, câncer, diabetes e obesidade, além de melhorar a saúde intestinal, a pressão arterial e os níveis de colesterol.

6- Coma menos açúcar

O consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de obesidade, de doenças cardíacas e outros problemas de saúde, como diabetes tipo 2. O centenário recomenda ingerir menos açúcar através de receitas mais saudáveis e caseiras.

Para reduzir o consumo do alimento, é importante limitar ou até evitar o consumo de refrigerantes, sucos artificiais e produtos ultraprocessados. O ideal é priorizar frutas in natura, legumes e verduras na rotina alimentar.

7- Consuma menos gordura saturada

Em grandes quantidades, a gordura saturada pode elevar os níveis do colesterol LDL (conhecido como ruim), aumentando o risco de doenças cardiovasculares, derrames e problemas relacionados ao entupimento de artérias.

A redução da gordura saturada no organismo pode ser feita priorizando a ingestão de alimentos ricos em gorduras insaturadas, como azeite de oliva extra virgem e abacate. “A dieta ideal é a vegetariana”, defende o nutricionista.

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