A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nessa quarta-feira (11/6), um homem que se passava por veterinário em Brazlândia. Wilson Fleury de Santana (foto em destaque) foi preso em flagrante em casa, na Quadra 5 do Setor Norte, onde fazia cirurgias clandestinas em animais.
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Wilson Fleury de Santana
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Investigado se passava por veterinário e operava animais indevidamente, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
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Ele foi preso em flagrante nessa quarta-feira (11/6)
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PCDF prendeu o indivíduo na casa dele
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Wilson Fleury de Santana
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Os policiais que prenderam Wilson chegaram a encontrar testículos de cães recém-castrados na casa dele. O investigado também tinha ampolas de medicamentos, seringas, remédios, ataduras e um jaleco.
O falso veterinário estava na mira da PCDF havia três meses, quando uma mulher procurou a corporação para denunciar que levou a cadela dela, que apresentava febre, para Wilson “examinar”. Ele afirmou que o animal teria de passar por cirurgia e cobrou R$ 400 pelo serviço. Dias depois, a cachorra morreu.
Após a morte do pet, a tutora da cadela constatou que o nome de Wilson não constava nos cadastros dos conselhos Federal (CFMV) e Regional (CRMV-DF) de Medicina Veterinária. Agora, ela tenta obter uma indenização por danos morais por meio da Justiça do Distrito Federal (TJDFT).
Esse não foi o único episódio que terminou com a morte de animais. Em fevereiro último, outra tutora levou uma cadela ao falso médico, para castração. Ele cobrou R$ 500 pelo procedimento e, assim como no primeiro caso, a cachorra faleceu dias depois.
“Há inúmeros outros relatos de castração, atendimentos e prescrições feitos pelo falso veterinário. A investigação descobriu que ele atuou como ‘médico’ [de animais] por vários anos”, informou a PCDF.
Wilson foi preso em flagrante pelo crime ambiental de maus-tratos contra animais, cuja pena em caso de condenação resulta em reclusão de 2 a 5 anos. O investigado também deve responder pela contravenção penal de exercício ilegal de profissão, que tem punição passível de prisão por até três meses.