Por que o beijo e a flor de Lula à Janja emocionam nestes tempos de ódio?

12 de junho de 2025 – Mariana (MG). O presidente Lula emocionou a plateia ao dar uma flor e beijar a primeira‑dama Janja durante evento sobre a Bacia do Rio Doce, reforçando afeto em meio à onda de perseguição às mulheres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia em Mariana (MG), não apenas anunciou investimentos de reparação ambiental, mas também protagonizou um momento de ternura no Dia dos Namorados: entregou uma flor branca e beijou a primeira‑dama Rosângela “Janja” Lula da Silva, dizendo-se “sem dinheiro, mas cheio de amor”.

O gesto ganhou força política: em tempos em que homens perseguem mulheres por violência de gênero, o ato público de Lula rompeu mordaças, exaltou afeto e contrapôs preconceitos.

Muitos analistas apontam uma dimensão simbólica: Lula associou reparação ambiental – via Acordo Rio Doce – à reparação emocional, destacando que o respeito e o carinho também fazem parte do combate à violência e desigualdade.

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O afeto como resposta ao machismo

Ao entregar a flor, Lula reconheceu: “estou sem dinheiro, mas é com muito amor”. Um gesto simples, que reverbera politicamente, num país onde discursos misóginos ainda tentam silenciar mulheres. Diário Carioca destaca como esse momento se contrapõe à cultura machista.

Beijo à vista e ao vivo em Mariana

Após o discurso, Lula puxou Janja para junto de si e a beijou, sob aplausos emocionados. O gesto público, num evento oficial, quebra tradição de líderes evitarem demonstrações afetivas — especialmente quando envolvem poder e gênero.

Comunicação com afeto reforça mensagem

No meio de anúncio de recursos para compensar os danos do colapso da barragem de Fundão (2015), o presidente ligou uma agenda emocional ao foco social e ambiental. Intervenção visual marcante para o público e para redes sociais.

Impacto político e social

Fontes ouvidas pelo Diário Carioca relacionam o gesto à estratégia política: tratar o amor como resistência. Num contexto de violência de gênero crescente, o beijo virou sinal de respeito, diálogo e posicionamento contra a cultura de opressão.

O Carioca Esclarece
Um simples gesto afetuoso virou ação simbólica e política: Lula reafirma que afeto público importa — especialmente quando dirigido a mulheres, muitas vezes invisibilizadas pelo machismo institucional.

Entenda

1. Esse gesto foi improvisado ou parte da agenda?
Lula incluiu a homenagem no discurso do Dia dos Namorados em Mariana, unindo o momento afetivo à pauta ambiental. Foi pensado para humanizar o evento oficial e reforçar a mensagem de cuidado e afeto.

2. Como a sociedade reagiu?
A emoção tomou conta das redes sociais. Comentários celebraram o gesto como um ato de respeito e reafirmação de posicionamento contra a violência de gênero.

3. Há precedentes de afeto público entre políticos no Brasil?
Poucos. Gestos afetivos formais entre governantes e suas parceiras em eventos políticos são raros no país — e quase nunca ganham tom político ou simbólico como este.

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