Neal Lachman, CEO da Titans Space Industries, detalhou em uma publicação no LinkedIn na quinta-feira (12) como sua empresa deve selecionar seus futuros astronautas. Sem mencionar o nome de Laysa Peixoto, brasileira que afirma que vai voar com a companhia em 2029, Lachman descreveu quem são os ASCAN, como são chamados os candidatos a astronautas na companhia.
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Na verdade, a Titans Space faz parte do grupo Titans Universe, e vem trabalhando em um ambicioso sistema de transportes espaciais que promete ligar a Terra, a Lua e Marte. Na postagem, Lachman observou que a Titans já detalhou como planeja transformar o plano em realidade em apenas cinco anos.
Em seu site, a Titans declara que seus astronautas inaugurais são aqueles que vão voar no primeiro voo do avião espacial da empresa. Segundo a página, tal voo deve ser lançado em março de 2029.
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“Um Candidato a Astronauta (ASCAN) entrará em um programa de treinamento de vários anos sob a liderança do astronauta veterano da NASA William McArthur e dos especialistas em treinamento espacial Dr. Vladimir Pletser e Dra. Mindy Howard. Somente após esse treinamento, os ASCANs podem fazer a transição para a função de Astronauta Designado, que então segue para o treinamento específico da missão”, escreveu.
Segundo Lachman, o treinamento dura dois anos. Após este período, a empresa vai avaliar se os ASCANs ainda têm interesse na carreira de astronauta e, em caso positivo, se estão aptos para o novo passo.
“Pode ser que o ASCAN venha a construir a base lunar conosco ou talvez se envolva apenas em missões na LEO [órbita baixa da Terra]”, sugeriu ele.
E enfatizou: a NASA não tem ligações com a TSI.
“Somos uma empresa espacial comercial, e a NASA é um cliente em potencial (não necessariamente um parceiro). Temos filosofias e prioridades de missão diferentes (voos espaciais comerciais e P&D etc. versus ciência e exploração espacial orientadas pelo governo)”, ressaltou.
Fundada em 2021, a Titans Space quer construir aviões e estações espaciais a partir de 2027 seguindo as regulamentações e testes exigidos pela Administração Federal de Aviação (FAA), a agência que regula voos nos Estados Unidos.
“Primeiro vamos começar testando o protótipo, o que resulta na certificação e autorização para conduzir voos comerciais e operacionais”, finalizou o CEO.
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