A Dinamarca trocará os softwares da Microsoft de seus sistemas e dispositivos para os da Linux e do LibreOffice. A mudança faz parte de uma estratégia de soberania digital, e tem reflexos na relação conturbada do país europeu com os Estados Unidos após Donald Trump assumir a Casa Branca.
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A ministra da digitalização, Caroline Stage, afirmou que a decisão por utilizar softwares de código aberto no Ministério da Digitalização resultará em menos gastos e, principalmente, na redução da dependência de tecnologias estadunidenses.
A relação entre os EUA e a Dinamarca está estremecida desde que o presidente norte-americano Donald Trump expôs o desejo de tomar controle da Groenlândia, que apesar de ser um território autônomo, faz parte do Reino da Dinamarca.
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Duas das maiores cidades da Dinamarca, Copenhague e Aarhus, anunciaram anteriormente que parariam de usar softwares da Microsoft, e também citaram motivos como preocupação com a dependência digital e a posição geopolítica de Trump.
A transição para Linux e LibreOffice começará em breve no Ministério da Digitalização. De acordo com Stage, inicialmente, metade dos funcionários vai parar de usar o sistema operacional Windows e o Microsoft Office 365 já em julho.
Stage afirmou ao jornal dinamarquês Politiken que, se tudo ocorrer dentro do esperado, todos os funcionários estarão com os softwares open source “até o outono”, ou seja, entre o final de setembro e o final de dezembro.
Transição para softwares de código aberto
A Dinamarca não será o primeiro país a transicionar de softwares da Microsoft para Linux.
Em abril de 2024, a Eslésvico-Holsácia, estado da Alemanha, também alegou que, por razões de soberania digital, passaria a utilizar Linux e LibreOffice nos computadores da administração pública.
E, mais de uma década atrás, em 2010, a brasileira Petrobras instalou em todos os seus computadores o BrOffice, um software de código aberto.
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